COMO ESTÁ A LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO PARA CADEIRANTES ?


Foto reprodução Internet
Da Redação
Prof. Taciano Medrado
Diante da recente denuncia veiculada na mídia dando  conta de que uma cidadã ficou impedida de adentrar a agencia dos correios em Juazeiro e foi obrigada a ficar esperando seu esposo do lado de fora no sol prostrada numa cadeira de rodas , a nossa equipe resolveu pesquisar sobre o assunto e trazemos para nosso leitores em primeira mão o tema : “Como está a liberdade de locomoção das pessoas que possuem deficiências na nossa cidade , e no Brasil.
Cadeirante impedida de ter aceso a agencia dos correios em Juazeiro

A maioria dos regimes democráticos do mundo adota o direito de ir e vir como fundamental e o expõe em suas Constituições. Porém, a liberdade de locomoção não é apenas permitir a entrada e movimentação em locais públicos, mas também promover os meios para tal

No Brasil, a acessibilidade fornecida às pessoas com deficiência é precária, mesmo com cerca de 45 milhões de habitantes com algum tipo dela, o equivalente a 23,9% da população nacional, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE – 2016). Essas deficiências podem ser de natureza visual, auditiva, motora ou intelectual. A mais frequente no país é a visual (18,6%), seguida da motora (7%), auditiva (5,10%) e, por fim, a deficiência intelectual (1,40%).

A superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos de Pessoas com Deficiência (IBDD), Teresa d’Amaral, entende que não há a efetivação do  direito de ir e vir: “Entre outras coisas, falta acessibilidade nos transportes públicos, nos prédios públicos e privados de uso coletivo, em restaurantes, universidades, hotéis e espaços públicos, em geral. Isso é um desrespeito a um dos direitos mais básicos da população, a liberdade de locomoção”. Outro ponto salientado pelos especialistas é a precariedade das calçadas, que dificultam a circulação de cadeiras de rodas, deficientes visuais e cães-guia.

Esse problema não é exclusivo do Brasil.  Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 10% da população mundial possui algum tipo de deficiência e os países encontram dificuldades para adaptar suas instalações a esse público. Entretanto, existem governos que conseguiram implementar políticas públicas de acessibilidade praticamente universais, como a Suécia, que se tornou referência no assunto

O país nórdico, com quase 10 milhões de habitantes, tem 1,5 milhão deles com alguma deficiência. O governo, percebendo a necessidade de inclusão dessa parcela da sociedade no trânsito público, reuniu o povo em grupos mensais de diálogo para a fiscalização e sugestão de novas estruturas de acessibilidade pelo país. Anualmente, são realizadas duas varreduras de especialistas por todo o território nacional para checar a situação das adaptações.

Fonte : Artigo Quinto

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