foto Reprodução NBO
A Lava Jato,
coordenada pelo procurador da República de Curitiba, Deltan Dallagnol, teve um
ano bastante difícil.
Depois de ter sido
responsável por dezenas de condenações de criminosos que desviaram mais de R$
40 bilhões dos cofres da Petrobras. Entre eles o ex-presidente Lula e
dirigentes de vários partidos, como PT, MDB e PP, o procurador esteve às voltas
com várias ações que prejudicaram o andamento da operação.
A dor de cabeça
maior veio quando hackers invadiram seu celular e vazaram inescrupulosamente
suas conversas no Telegram em meados do ano.
Entre os diálogos
tornados públicos pela ação criminosa, estavam os que ele travou com o ex-juiz
Sergio Moro. Autor das sentenças que levaram para a cadeia os acusados pelo
MPF, comandado por Deltan.
Apesar disso, em
nenhum momento constatou-se irregularidades em suas ações. “Não houve nenhum
equivoco no nosso trabalho"
Afinal, tenho
recebido solidariedade por todos os locais que passo em razão dos ataques
injustos que sofremos”, disse o procurador ao comentar sua escolha, pela ISTOÉ,
como o “Brasileiro do Ano” na Justiça.
“Vejo a homenagem
como um reconhecimento à importância da causa da anticorrupção no nosso país”.
Desde que comanda a
Lava Jato, Deltan intermediou acordos que recuperaram mais de R$ 11,9 bilhões
aos cofres da Petrobras de dinheiro desviado pelos larápios do dinheiro
público.
Entende, porém, que
o atual momento é crítico para o combate à corrupção, sobretudo após o fim da
prisão em segunda instância, o que, para ele, aumenta a sensação de impunidade.
Na mesma linha está
a decisão do STF que vinha impedindo a comunicação de crimes pela Receita e o
antigo Coaf ao MPF. Suspendendo mais de 900 investigações durante vários meses.
Fonte : NBO
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