foto reprodução internet
Da Redação
Prof.Taciano Medrado
“A hora de dizer adeus será
sempre a hora mais dura, a mais escura. A Joalina não está parando, estão nos
parando. Com a gente pára a oportunidade de trabalho para cerca de 300
famílias. Para uma empresa qualquer são apenas funcionários, mas não os tratamos
assim. São nossa família.
Em nossa região desconhecemos
uma empresa onde tantos colaboradores trabalharam tanto tempo, se aposentaram
aqui. Depois dessa relação profissional, o relacionamento continuou e continua
até hoje.
Disseram muita coisa da gente,
tivemos dificuldades imensas. Pelos percalços que nos foram impostos, por vezes
uma ou outra coisa atrasou, mas não há um registro de incorreção ou que
tenhamos passado alguém para trás. Um único além da má-fé plantada.
Muita gente viu a cidade pelas
janelas da Joalina e nós tínhamos orgulho de ver essa gente aqui dentro. E como
amamos esse povo, como respeitamos.
Se falou muita bobagem, muita
mentira. Fantasiou-se muito com nosso nome, mas só Deus sabe o que
passamos para manter a empresa aberta e oferecer dignidade às nossas famílias.
Nos entristecemos que
Petrolina se calou quando pegaram uma empresa genuinamente nossa, de nossa
cidade, de nossa gente e jogaram fora como se fosse algo descartável e como se
não tivéssemos ajudado a construir a cidade que amamos. Mas entendemos, a
orquestração foi plantada e a mentira virou verdade.
Não, não nadamos em dinheiro,
não temos muitas posses, não ostentamos. Moramos na mesma casa, não sucumbimos
ao dinheiro fácil e não traímos nossos valores. Nós somos os mesmos, com as
mesmas convicções e a mesma fé.
Estão acabando com nossa
empresa, mas não acabarão com os nossos sonhos. Nos diminuem, mas não apagarão
nossa história. No fim, no ciclo da vida, os cães ladram, mas o rugido do Leão
será sempre lembrado.
Eurico de Sá Cavalcanti (Leãozinho) – Proprietário da
empresa Joalina
Postar um comentário