Da Redação
Prof. Taciano Medrado
Há quem pense que ele é baiano, por conta dos versos de músicas como Bahia comigo (1972) e sobretudo Quero voltar pra Bahia (1970), compostas com o já falecido parceiro Odibar Moreira da Silva, este, sim, oriundo da Bahia. Mas o cantor e compositor Paulo Diniz é pernambucano, nascido em 24 de janeiro de 1940 em Pesqueira (PE), cidade encrustada no agreste de Pernambuco.
Atualmente recluso em Boa Viagem, bairro abastado do Recife (PE), Paulo Diniz chega aos 80 anos na sexta-feira, 24, com a obra em processo de reavaliação e redescoberta.
Em evidência no início da década de 1970, quando o artista residia no Rio de Janeiro (RJ), cidade para onde migrara nos anos 1960 para trabalhar no rádio, o cancioneiro autoral de Paulo Diniz destaca músicas como Pingos de amor – mais uma parceria do compositor com Odibar, lançada em 1971 na voz de Diniz e revitalizada pelo grupo Kid Abelha em gravação de 2000 – e Um chope pra distrair, outra parceria com Odibar, também de 1971.
Essas músicas deverão ecoar nos próximos anos em diversas plataformas. Max Levay prepara documentário sobre o artista. O jornalista pernambucano José Teles arquiteta o projeto de biografia sobre o autor de O chorão no dentista (1967), música de titulo alusivo ao nome do primeiro sucesso do cantor, O chorão (Edson Mello e Luiz Keller, 1966).
Paralelamente, jovens compositores do Recife (PE) redescobrem o cancioneiro – até então desconhecido por essa geração – de Diniz. O cantor, compositor e pianista Zé Manoel, por exemplo, integra o elenco de tributo que reverencia o legado do compositor e que está previsto para entrar em cena neste ano de 2020 na cidade de São Paulo (SP).
O próprio Paulo Diniz planeja festejar os 80 anos com lançamento de música inédita. De todo modo, para muitos, composições como Ponha um arco-íris na sua moringa – outra parceira com Odibar, de 1970 – podem soar como inéditas no Brasil pop sertanejo de 2020.
Sem Odibar, Paulo Diniz musicou versos de poetas como Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987) e Manuel Bandeira (1886 – 1968). Mas foi mesmo com Odibar que Paulo Diniz escreveu as páginas mais bem-sucedidas da história desse octogenário artista na música brasileira. Páginas que merecem ser reabertas para celebrar os 80 anos do artista.
Nossa singela homenagem a Paulo Diniz!
Fonte: G1
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