foto reprodução internet/Google
Da Redação
Prof. Taciano Medrado
Um novo ataque de drones aconteceu no norte de Bagdá, capital do
Iraque, segundo agências de notícias internacionais. Informações preliminares
apontam que há mortos e feridos. Os EUA não assumiram a autoria do ataque até o
momento. Cinco pessoas teriam morrido no novo ataque, segundo a agência AP. Já
segundo a agência Reuters, seis pessoas foram mortas e outras três ficaram
feridas no novo ataque.
As agências de notícias confirmaram a informação com fontes
anônimas do governo iraquiano. Até o momento as identidades dos mortos ainda
não foram confirmadas por nenhum país. Segundo a Reuters, as vítimas seriam
parte de um comboio de médicos. A agência cita como fonte para essa informação
o grupo paramilitar Forças Populares de Mobilização do Iraque. O ataque
aconteceu perto do acampamento Taji, em Bagdá, diz a Reuters. Dois dos três
veículos que compunham o comboio foram encontrados queimados, disse a fonte da
agência, além de seis cadáveres queimados. Um ataque semelhante matou ontem o
general iraniano Qassem Soleimani, o que gerou uma nova crise entre os EUA e o
Irã.
Envio de soldados dos EUA Os Estados Unidos irão enviar um
contingente extra de 3.000 a 3.500 militares americanos ao Oriente Médio depois
do ataque que matou Soleimani, ao que Irã prometeu uma "séria
vingança". O presidente americano, Donald Trump, disse que o general
Soleimani foi morto quando estava prestes a atacar diplomatas americanos, mas
insistiu em que Washington não visa a derrubar o governo iraniano. "Não
agimos para iniciar uma guerra", disse Trump em pronunciamento na Flórida.
"Nós não buscamos a mudança do regime".
Revolta no Irã Enlutado pela perda daquele que era considerado o
segundo líder mais importante do país, o Irã explodiu. Como líder do braço de
operações estrangeiras da Guarda Revolucionária iraniana, Soleimani era uma
figura respeitada em seu país e estava na vanguarda de um engajamento iraniano
amplo e sofisticado em disputas de poder regionais e de forças antiamericanas.
O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma "vingança
severa", enquanto dezenas de milhares de manifestantes queimaram em Teerã
bandeiras americanas e repetiram "morte à América".
Cinco Guardas Revolucionários também morreram no ataque,
juntamente com outros cinco membros da milícia iraquiana pró-Irã Hashed
al-Shaabi, incluindo seu vice-líder. Escalada da tensão A embaixada dos Estados
Unidos em Bagdá exortou todos os cidadãos americanos a deixarem o Iraque
imediatamente. Cerca de 14 mil novos soldados já tinham sido enviados como
reforço ao Oriente Médio este ano, refletindo a escalada contínua nas tensões
com o Irã. Segundo analistas, o ataque —que fez os preços mundiais do petróleo
dispararem— será um divisor de águas nas tensões entre o Irã e os Estados
Unidos. "Trump mudou as regras —ele queria (Soleimani) eliminado",
disse Ramzy Mardini.
Phillip Smyth, um especialista em grupos xiitas armados radicado
nos Estados Unidos, descreveu o assassinato como "o maior ataque de
decapitação que os Estados Unidos já lançaram". Os laços entre os Estados
Unidos e o Irã se deterioraram claramente desde que Washington abandonou o
acordo nuclear com Teerã, em 2018, e voltou a impor duras sanções à República
Islâmica.
(Com Reuters, AFP e AP).
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