Da Redação
Prof. Taciano Medrado
O presidente Jair Bolsonaro pediu, neste sábado
(7), que a população participe das manifestações programadas para o próximo dia
15 e afirmou que "político que tem medo de rua não serve para ser político.
Os protestos, organizados por grupos que
defendem o presidente, abriram uma crise institucional no mês passado, depois
que Bolsonaro encaminhou a amigos um vídeo que convocava a população a ir às
ruas para o ato.
Como a pauta do movimento contém críticas ao
Congresso, a ação do presidente gerou reação de chefes de Poderes
Neste sábado, em escala em Boa Vista (RR) antes
de embarcar para viagem oficial aos Estados Unidos, o presidente afirmou que o
movimento quer mostrar que quem dá o norte para o Brasil é a população.
“É um movimento espontâneo e o político que tem
medo de movimento de rua não serve para ser político”, afirmou.
Bolsonaro pediu que as pessoas participem do
protesto, argumentando que o ato não é contra o Congresso ou o Judiciário, mas
sim a favor do Brasil.
“Quem diz que é um movimento impopular contra a
democracia está mentindo e tem medo de encarar o povo brasileiro”, disse.
Incentivados por parlamentares bolsonaristas e
pelo próprio presidente, ativistas conservadores preparam o ato, que prega
bandeiras de direita, contrárias ao Congresso e em defesa de militares e do
atual governo.
A manifestação, marcada para 15 de março, é
considerada uma reação à fala do ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança
Institucional), general Augusto Heleno, que chamou o Congresso de
"chantagista".
A revelação de que Bolsonaro havia
compartilhado vídeo convocando para as manifestações gerou atrito com outros
poderes.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
cobrou respeito à democracia e afirmou que criar tensão institucional não ajuda
o país a evoluir. Ministros do Supremo Tribunal Federal também criticaram a
ação do presidente.
Após as reações, Bolsonaro procurou
parlamentares para afirmar que a crise foi causada por um mal-entendido,
ressaltando que ele apoia as instituições democráticas.
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