Foto reprodução Facebook
Da Redação
Prof. Taciano Medrado
Olá caríssimo(a)s leitore(a)s,
Ontem como em todos os anos acontecem
nesse período da pascoa há a tradicional
“queima do Judas" . Trata-se de uma
brincadeira do período da quaresma que retrata a figura de Judas Escariotes, como símbolo de traição. Simboliza também um fenômeno de catarse, quando o
Judas recebe, nas cerimônias populares representações do cotidiano social, religioso
e político.
A brincadeira é preparada sempre na
Sexta-Feira Santa à noite e realizada no Sábado de Aleluia. Consiste na confecção de um boneco – no caso o Judas – que é dependurado geralmente num galho de árvore ou num
poste.
Embora seja uma
tradição que vem morrendo cada vez mais, a "malhação" do Judas
se mantém em alguns bairros populares, que infelizmente por conta da pandemia
esse ano em algumas comunidades não houve a queimação como se faz todo ano.
Mas um grupo de juazeirenses resolveu
manter a tradição popular viva, mesmo em tempos do coronavírus, o grupo saiu as
ruas para protestar contra os políticos e autoridades locais.
Um boneco com três cabeças (HIDRA), circulou
por algumas ruas da cidade montado numa muriçoca gigante, no final o Judas foi
“condenado” a ser queimado no bairro Alto do Cruzeiro, que faz parte de uma
região mais desassistida pelo poder público. A queimação foi transmitida
através de uma live pelo facebook.
Um popular que não quis se
identificar, resumiu a queima dos Judas em Juazeiro: “Todos os anos pegamos uma
pessoa famosa, um político que está desagradando a população, e colocamos a
foto dele no boneco. Este ano o Judas teve três cabeças, uma Hidra, uma espécie
de serpente com várias cabeças, representando o prefeito Paulo Bomfim, o
ex-prefeito Isaac Carvalho e o delegado Charles Leão”.
“A população de Juazeiro cansou,
cansou das muriçocas, cansou dos canais abertos, cansou dos escândalos de
corrupção, cansou da cidade escura, cansou do saneamento mal feito, cansou da
falta de segurança, cansou da péssima saúde, cansou das ruas cheias de buracos,
ruas que no mapa da prefeitura estão asfaltadas na realidade elas são de barro
ainda, então o povo começa a se revolta e começa a fazer esses protestos
pacíficos para chamar atenção da atual gestão que deixa muito a desejar”.
Essa é a intenção da queima de Judas,
“queimar” os traidores do povo agora e guardar as cinzas para enterrar nas eleições que se aproximam.
Colaborou Énio Costa
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