foto da ilha do fogo com a suas areia todas submersas
Foto ilha do Rodeadouro - Instagram
Da Redação
Prof. Taciano Medrado
Olá caríssimo(a)s leitore(a)s,
Um documento que trata do acordo de
Cooperação Técnica entre a Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) e
ANA (Agência Nacional das Águas). O documento teve como objetivo mapear a área
ribeirinha e a dinâmica fluvial do Rio São Francisco, no trecho entre os
Reservatórios de Sobradinho e Itaparica.
De acordo com o estudo as elevações
periódicas de vazão do Rio São Francisco, que provocam o extravasamento das
águas da calha principal do rio para suas áreas marginais, e a ocupação intensa
e desordenada das várzeas inundáveis, geraram a necessidade de um conhecimento
detalhado e espacializado da planície de inundação do Rio São Francisco.
Um dos pontos críticos apresentado se
refere as residências construídas no bairro Angary, que de acordo com o
relatório, construída indevidamente, localização irregular. Outro ponto
observado é a Orla de Juazeiro, entre a Capitania Portos e a Ponte Presidente
Dutra, a pista de cooper que dependendo do aumento da vazão também correm o
risco de inundação.
Esse documento atende ao Compromisso de
Ajuste de Conduta (CAC) estabelecido entre a Companhia Hidro Elétrica do São
Francisco - CHESF e o Ministério Público Federal, através da Procuradoria da
República no Município de Petrolina, em função de Ação Civil Pública.
Esse projeto é de interesse da
sociedade ribeirinha do Vale do São Francisco, e atende ao Acordo de Cooperação
Técnica, firmado entre a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) e a
Agência Nacional de Águas (ANA) e é utilizadas as orientações metodológicas.
Nesse contexto fica evidente o que as
fotos já mostram: as inundações provocadas pelo Rio São Francisco e as áreas
consideradas críticas como às zonas ribeirinhas urbanas dos municípios de
Juazeiro e Petrolina, com destaque para a parte ribeirinha do Angary (Juazeiro)
e o Balneário da Ilha do Rodeadouro.
Os resultados desse trabalho deveriam
subsidiar a adoção de medidas estruturais preventivas e mitigadoras para
melhorar a convivência da população com o rio, haja vista que seus principais
produtos são mapas com a visão espacial da região estudada e o alcance das
linhas d’água para as vazões.
"Aplicação de recursos passa a ser
direcionada para solução e melhorias, não mais para paliativos e velhos
problemas que se repetem", acusa o relatório.
Em setembro de 2018 foi realizada uma
reunião pública sobre as possíveis enchentes no Rio São Francisco e um dos
temas foi exatamente as consequencias da elevação da vazão do rio São
francisco, em destaque para as residências, e pontos comerciais construídos
abaixo da dique de proteção.
A reunião foi promovida pelo Comitê da Bacia
Hidrográfica do rio São Francisco e a Câmara Consultiva Regional do Alto São
Frsobre o rio São Francisco, na época o tema foi considerado como um foco
curioso: debater os riscos provocados pelas inundações na bacia hidrográfica,
afinal naquele ano o rio ainda sofria os impactos da longa estiagem considerada
uma das mais severas dos últimos 10 anos.
Na oportunidade o presidente do Comitê
da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), Anivaldo de Miranda destacou a
importância de se discutir a prevenção de enchentes. “Esse é o momento certo,
se você esperar que as águas cheguem aí não vai dar tempo para nada. Numa seca
tão prolongada as pessoas ficam imaginando que não haverá mais cheia e no
século do aquecimento global, as secas cada vez serão mais prolongadas e as
cheias mais concentradas e destrutivas”, afirmou.
Segundo Anivaldo, na época, não é
possível prever o acontecimento das cheias, por isso é necessário criar uma
cultura de prevenção na região. Isso porque não há apenas perdas humanas e
materiais, mas também destinação errada de verbas.
"Se você planejar, se você
prevenir você evita a maior parte desses prejuízos. Cabe sobretudo às
prefeituras municipais, o planejamento”, destacou o presidente do CBHSF.
Fonte: CHESF
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professortacianomedrado.com
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