Da Redação
Prof. Taciano Medrado
Olá caríssimo(a)s leitore(a)s,
A Redação do blog do professor recebeu, via whats app, nota dos representantes do comércio varejista de Juazeiro em repúdio ao decreto anunciado no último sábado pelo prefeito Paulo Bomfim que fechou novamente o comércio na cidade.
Vejam a nota abaixo:
As Entidades envolvidas com o comércio de Juazeiro,
a saber: CDL, ACIAJ, SINDILOJAS, AEDISF, SINDCOM e SINDHAJ vem a público
apresentar total indignação diante da decisão tomada pelo prefeito deste
município, Paulo Bomfim, que promulgou novo Decreto, conforme pronunciamento
oficial no último sábado, 20/06, com o novo fechamento do comércio de
Juazeiro-BA, a partir desta segunda-feira, 22/06 em razão do aumento de casos
com Covid-19 na cidade.
Desde o princípio, as Entidades buscaram dialogar
com a gestão municipal, para que reuniões fossem promovidas com o intuito de
definir a data de retorno gradual das atividades ligadas ao comércio,
defendendo inclusive, que as lojas cumprissem todas as exigências básicas de
proteção para clientes e funcionários, como a distribuição de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI´s), redução do horário de funcionamento, uso
obrigatório de álcool em gel 70, impedimento nas lojas de idosos com mais de 60
anos ou com doenças crônicas, assim como crianças abaixo de 12 anos e a
manutenção do distanciamento social. Rigorosamente, todos esses procedimentos
foram observados até o último sábado, enquanto o comércio esteve aberto.
Todavia, a obediência para a manutenção da abertura
do comércio foi desconsiderada e o comércio voltou a ser penalizado em razão do
aumento de casos entre os dias 1º a 19 de junho apresentados pela Secretaria de
Saúde de Juazeiro.
Ora, no mesmo período que o comércio esteve aberto,
o número de testagem também se intensificou e como ainda é ascendente a curva
da doença, naturalmente o número de casos com a Covid-19 se ampliaria. Além
disso, os casos que surgiram em meados da primeira quinzena de junho, foram de
testagens anteriores à abertura do comércio, que demoram cerca de 15 dias para
se manifestarem, por isso não poderia ser colocado na conta do comércio que tem
sido rigoroso na sua relação de proteção à saúde dos colaboradores e clientes.
As Entidades do comércio varejista entendem que a
vida está acima de tudo e é necessário agregar à saúde física também a saúde
psicológica, mental e funcional dos profissionais (empresários e comerciários),
afinal o número de postos de trabalho fechando em Juazeiro é algo nunca antes
visto na nossa história. Os lojistas estão assistindo de mãos atadas à falência
em massa de empresas e o crescimento vertiginoso de demissões.
Para se ter uma ideia, o cenário que se configura
para o mês de julho, conforme dados da CDL, é este: das 11 mil empresas (Micro,
Pequenas, Médias e Grandes) da cidade, 30% encerraram ou encerrarão suas
atividades, equivalendo a 3.300 empresas fechadas, impactando a vida de 3.300
empreendedores e aproximadamente 9 mil demissões; das 6 mil empresas do sistema
MEI, 40% já encerraram suas operações e seus titulares não possuem mais renda,
ou seja, 2.400 pessoas que sobreviviam da atividade formal e hoje não tem de
onde tirar o sustento.
É notório que a normalidade do comércio vai demorar
a acontecer tendo em vista a crise que pegou a todos de surpresa. Porém,
considera-se um ato de irresponsabilidade, manter, por um lado, a aglomeração
nos “serviços essenciais”, como lotéricas, supermercados, farmácias e até
instituições financeiras (razão da grande movimentação de pessoas nas ruas de
Juazeiro) e, por outro, o poder público negligenciar o hospital de campanha, a
aquisição de respiradores e EPI´s em número condizente com a necessidade e
todas as medidas sistemáticas de fiscalização, controle, desinfecção e
testagem, colocando pra pagar a conta o
comércio varejista, que é, afinal, quem mais emprega e fomenta renda no
município e tem contribuído de forma decisiva para a proteção da saúde enquanto
esteve funcionando.
É cristalino: o comércio varejista de Juazeiro está
morrendo, sucumbindo por erros sucessivos de decisões equivocadas do poder
público municipal. Enquanto isso, Petrolina com um número de casos superior,
está com o seu comércio funcionando, inclusive o shopping da cidade, valendo-se
dos procedimentos sanitários adequados para que a vida, a economia e o emprego
possam continuar diante do presente cenário.
Murilo Matos
Presidente CDL JUAZEIRO
Paulo Fernandes
Presidente da ACIAJ
Paulo Henrique Barreto
Presidente do SINDILOJAS
Fábio César
Presidente do SINDCOM
Nilton Sampaio
Presidente da AEDISF
Maraiza Carvalho
Presidente do SINDHAJ
Para ler outras matérias acesse, www: professortacianomedrado.com
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