Da Redação
Prof. Taciano Medrado
Olá caríssimo(a)s leitore(a)s,
Segundo matéria publicado
no jornal Agencia Brasil, a procura por divórcio tem aumentado durante o
período de isolamento social provocado pela pandemia da covid-19. Segundo a
advogada da área de Família e Sucessões, Débora Guelman, o convívio intenso em
virtude da quarentena tem sobrecarregado física e emocionalmente as famílias
brasileiras.
“Esse isolamento social forçado pela pandemia aumenta o convívio
entre os casais e justamente esse aumento do convívio gera conflitos. Por conta
disso, a probabilidade de haver mais divórcios é muito maior”, disse Débora
Guelman, em entrevista à Rádio Nacional.
A advogada afirma que cerca de 70% dos
pedidos de divórcio são iniciados pelas mulheres, e a reclamação mais frequente
é a tripla jornada. “Essas mulheres trabalham, cuidam dos filhos e cuidam da
casa. Então, elas não aguentam relacionamentos machistas”, afirmou.
No Brasil
há dois tipos de divórcios. No mais simples, chamado de “extrajudicial”, casais
podem se separar de forma mais rápida, pelo cartório, amigavelmente. Já o
divórcio judicial ou litigioso é realizado diante de um juiz e envolve questões
mais complexas como falta de consenso entre o casal, partilha de bens, pensão e
guarda de filhos.
“Se divorciar não é um processo rápido, pelo contrário. É um
processo demorado e muito doloroso. Principalmente no aspecto emocional e no
aspecto financeiro. Então, essa decisão de se divorciar envolve diversos
fatores, que são impedimentos até para pessoa efetivar esse divórcio.
Normalmente, a pessoa pensa por um ano e meio, até dois anos, antes de se
efetivar o pedido”, explicou Débora Guelman.
Apoio
Em Brasília, um grupo terapêutico formado por duas psicólogas e uma advogada foi criado para auxiliar mulheres que estão passando por esse momento. O grupo se reúne por meio de uma plataforma online, com participação de três a seis pessoas.
“O isolamento causado pela pandemia acirrou os conflitos nas relações, mas, por outro lado, dificultou o acesso aos advogados e ao Judiciário; e a recursos essenciais em uma separação, como mudar de casa, por exemplo”, explicou a psicóloga Lívia Magalhães, uma das responsáveis pela condução do grupo.
O grupo reúne mulheres que passam pelo momento pós-divórcio e aquelas que ainda estão se preparando para tomar essa decisão.
“Muitas vezes elas não têm com quem compartilhar suas angústias, suas dores, não tem o conhecimento de outras para aprenderem, não tem o acolhimento de quem passou pelo que elas estão vivendo”, disse a psicóloga.
“O isolamento causado pela pandemia acirrou os conflitos nas relações, mas, por outro lado, dificultou o acesso aos advogados e ao Judiciário, e a recursos essenciais em uma separação, como mudar de casa, por exemplo”, completou.
Segundo Lívia Magalhães, depois do atendimento em grupo, as mulheres passam por uma escuta individual para orientações específicas.
“A posteriori do grupo, ofereceremos um plantão de acolhimento individual para essas mulheres entrarem em contato e para que possamos escutá-las na sua singularidade. Não é um dispositivo terapêutico. Mas um espaço para acolher alguma demanda ou sofrimento que por ventura o grupo possa ter desencadeado”, acrescentou a psicóloga.
Para ler outras matérias acesse, www: professortacianomedrado.com
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