Da Redação
A
invasão do sistema do TSE, em abril de 2018, teria sido muito maior do que se
pensava. O blog teve acesso ao inquérito — ainda não finalizado — da Polícia
Federal e nota-se que houve acesso e roubo de diversos tipos de informações a
partir da invasão de muitos computadores do tribunal. As informações são do blog do Nolasco (R7)
Segundo
os dados do inquérito, a primeira invasão teria sido percebida no dia 20 de
abril e foi detectada pela equipe do Tribunal Regional de Pernambuco. Mas o
ataque teria se iniciado no dia 18 daquele mês e teria ido até o dia 21. A
invasão e o escaneamento de dados seguiram ainda para os TREs do Acre, Pará,
Ceará, Bahia e Paraíba.
O
invasor teria conseguido coletar código-fonte completo usado nas eleições de
2018, listas de arquivos e conteúdo de documentos. Também teria tido acesso a
chaves e credenciais de acesso a servidores usadas pelo sistema Gedai-EU,
senhas para oficialização dos sistemas “Candidaturas” e “Horário Eleitoral” e
utilizadas na Eleição Suplementar 2018 de Aperibé/RJ. A lista de informações
acessadas/roubadas ainda seguiria com o manual técnico da impressora de votos,
manual do QR code do boletim da urna, entre outros dados. O hacker também teria
tido acesso ao login de Sérgio Banhos, ministro substituto do TSE, bem como de
diversos técnicos ligados à cúpula do serviço de Tecnologia da Informação do
TSE.
Segundo
a avaliação apresentada por Giussepe Janino, Secretário de Tecnologia da
Informação do TSE e conhecido como o pai das urnas eletrônicas, o acesso a
estes dados tem diferentes graus de importância. O manual do QR Code, por
exemplo, já é de domínio público e está disponível na internet. Sobre o manual
da impressora de votos, não há informação sensível, já que é um protótipo que
nunca entrou em funcionamento. As senhas acessadas pelo hacker permitem fazer
alterações de dados de partidos e candidatos, mas isso só seria possível de ser
feito na eleição suplementar de Aperibé, no Rio de Janeiro.
As
credenciais acessadas permitem que alguém dentro da intranet da Justiça
Eleitoral consiga copiar dados de eleitores e de candidatos, mas não é possível
alterá-los. Também pode-se fazer a importação de dados oficiais das eleições,
mas não dá para gerar um boletim de totalização da urna.
Dada
a dimensão da invasão feita ao sistema do TSE, o blog perguntou ao tribunal
mais detalhes do que tudo isso representa. A principal questão é se seria
possível, de alguma maneira, alterar o resultado de algumas das urnas
eletrônicas. Até o fechamento deste texto, não houve resposta do tribunal.
Atualizaremos assim que o TSE se manifestar.
Para
ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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