DITADURA COMUNISTA CHINESA: Mulher acusa China de prender dissidentes e minorias em instalação secreta em Dubai

Prédio de apartamentos tipo prisão em Xiam, na China (Foto: Erwyn van der Meer/Flickr – divulgação)
Da   Redação

Uma jovem chinesa revelou que esteve confinada durante oito dias em um centro de detenção secreto gerido pela China em Dubai, juntamente com pelo menos dois uigures – minoria étnica muçulmana de raízes turcas. O relato dado por ela à agência Associated Press (AP) pode ser considerado a primeira evidência de que Beijing opera uma prisão secreta fora do país, segundo a agência qatari Al Jazeera.

Wu Huan, 26 anos, estava em fuga nos Emirados Árabes para evitar a extradição de volta à sua terra natal, já que seu noivo é considerado um dissidente chinês. Ela teria sido raptada dentro de um hotel em Dubai e por oficiais chineses, no que a jovem explica ser uma “área obscura”, mais especificamente uma casa transformada em prisão. No local, ela afirma ter visto outros dois prisioneiros, ambos uigures.

A jovem foi interrogada, ameaçada e forçada a assinar documentos legais para incriminar seu companheiro, Wang Jingyu, de 19 anos. Ela foi libertada no dia 8 de junho. Agora, busca asilo na Holanda.

Se confirmada a veracidade do testemunho de Wu Huan, o único registro conhecido até então, o episódio confirma que a China usa cada vez mais o seu poder para deter ou trazer de volta cidadãos do estrangeiro, sejam eles dissidentes, suspeitos de corrupção ou integrantes de minorias étnicas, como os uigures.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China nega a história. “O que posso dizer é que a situação que a pessoa falou não é verdadeira”, disse o porta-voz do órgão governamental, Hua Chunying

Dubai e o Consulado chinês local também não responderam pedidos da reportagem.

Repressão

Wu Huan e seu noivo, Wang Jingyu, não são uigures, mas chineses han, etnia majoritária na China. Jingyu é procurado pelas autoridade porque publicou mensagens onde questionava a cobertura da mídia estatal chinesa acerca dos protestos de Hong Kong em 2019 e sobre as ações da China em um conflito fronteiriço com a Índia.

As chamadas “áreas obscuras” são prisões clandestinas onde os prisioneiros geralmente não são acusados de um crime e não têm qualquer recurso legal, fiança ou ordem judicial. Muitas vezes apresentam-se como quartos em hotéis ou pousadas. No caso de Dubai, uma propriedade com três andares, com quartos convertidos em celas individuais, como relatou a vítima.

Por que isso importa?

Especialistas em direitos humanos da ONU já expressaram sérias preocupações com alegações de detenção e trabalho forçado de integrantes da minoria étnica uigur, na China.

As denúncias de violações e perseguição à comunidade uigur já se tornaram assunto em todo o mundo. Beijing vê a minoria étnica muçulmana uigur com desconfiança e trabalha para apagar essa cultura.

Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com

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