Da Redação
A
vertiginosa tomada do Afeganistão pelo Taleban despertou apreensão
de que o exemplo possa encorajar outros grupos militantes islâmicos no mundo a
derrubar os governos nacionais. Um deles é o Al-Shabaab, na Somália, de
acordo com a VOA
News (Voice of America).
Observadores
internacionais sugerem que, quando e se a coalizão internacional que atua
na Somália tentar
entregar a segurança do país ao governo central, o mundo poderá testemunhar
algo parecido com o que aconteceu em terras afegãs.
Para
o ex-oficial da inteligência somali Abdulsalam Gulaid, “a Somália poderia ter
um desenvolvimento semelhante, a menos que o governo somali acabe com sua
dependência excessiva de tropas internacionais”, declarou nesta segunda-feira
(16).
A
declaração surge um dia depois de os meios de comunicação pró-Al-Shabaab
celebrarem a queda do governo afegão diante da ofensiva dos militantes talibãs.
Para
Gulaid, embora o Al-Shabaab não possua o poder militar do Taleban, ele não tem
dúvidas de que “nada irá parar os extremistas se escolherem esse caminho”.
Transição
na segurança
Em
abril, o exército somali assumiu um papel de liderança em suas operações,
conforme estabelecido em um Plano de Transição da Somália aprovado pelo governo
e pela Missão da União Africana na Somália (AMISOM).
O plano é uma estratégia em que as forças de paz da AMISOM irão gradualmente
transferir as responsabilidades de segurança para as agências de segurança da
Somália antes da retirada total das tropas estrangeiras.
Em
entrevista à mídia local, o conselheiro de segurança nacional do presidente da
Somália, Abdi Said Ali, rejeitou qualquer comparação entre Mogadíscio, capital
da Somália, e Cabul, ndo Afeganistão.
“O
Al-Shabaab e o Taleban não são os mesmos, independentemente das crenças das
pessoas”, disse, acrescentando, que as forças armadas da Somália estão
atualmente no controle e são responsáveis pela segurança com o apoio das
forças de paz da AMISOM.
A
insegurança generalizada no país chegou a causar
o adiamento das eleições previstas para 24 de janeiro. Os EUA
anunciaram retirada
das tropas em dezembro de 2020.
No
Brasil
Casos
mostram que o Brasil é um “porto
seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do
site The
Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações
terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad
Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.
Em
2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de
Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista,
coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.
Em
2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF
prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados
semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao
Estado Islâmico foram presos e dois fugiram
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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