Da Redação
Duas das principais associações de juízes brasileiros se movimentaram em Brasília nesta semana para buscar a concessão de visto humanitário a 270 juízas do Afeganistão, após o Talibã ter retomado o controle do país.
De
acordo com ofício enviado na última terça-feira (24/8) pelo
presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Eduardo Fernandes,
ao Itamaraty, as magistradas afegãs "se encontram em risco por
desempenharem a função e, adicionalmente, por terem julgado e condenado membros
do regime que retomou o controle do país".
Em
paralelo, a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata
Gil, reuniu-se na quarta (25/8) com o presidente da Comissão de Relações
Exteriores da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), para pedir que interceda
na concessão dos vistos.
"Nos
causa perplexidade e preocupação a situação das mulheres afegãs. As ameaças aos
direitos fundamentais conquistados após anos de luta impõem a necessidade de
uma ação imediata", disse presidente da AMB no encontro, segundo nota divulgada pela associação.
A
movimentação das associações brasileiras atende a um apelo da União
Internacional de Magistrados (UIM), que na semana passada emitiu comunicado pedindo proteção às juízas afegãs.
O
Talibã é conhecido como grupo fundamentalista que, em uma primeira passagem como
governantes do Afeganistão, nos anos 1990, relegaram um espaço restrito na
sociedade às mulheres, que foram excluídas de cargos públicos e somente podiam
aparecer em público na presença dos maridos.
Com
a volta do regime dos talibãs ao poder, o temor da comunidade
internacional é que haja nova perseguição a mulheres que ocuparam posições de
poder nos últimos anos, como é o caso das magistradas afegãs. Com
informações da Agência Brasil.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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