FALECIMENTO: Morre no EUA , Thomas Jovejoy, grande estudioso da Amazônia

© Zuma/imago images Thomas Lovejoy foi o primeiro ambientalista a ser condecorado pelo governo brasileiro com a Ordem do Rio Branco, em 1988.

Da redação

Morreu neste sábado (25/12), aos 80 anos de idade, em Washington, o biólogo americano Thomas Lovejoy, conhecido como o "padrinho da biodiversidade" por ter cunhado o termo na década de 1980 e um dos principais especialistas em floresta amazônica. As informações são do site de notícias internacionais DW.com

Lovejoy decidiu estudar biologia após fazer um estágio em um zoológico no estado de Nova York quando ainda estava na escola. Ele começou a estudar a floresta amazônica no Brasil em 1965 e obteve seu doutorado pela universidade Yale em 1971.

Grande estudioso da interação entre mudanças climáticas e biodiversidade, ele ganhou em 2012 o prêmio Blue Planet, considerado o Prêmio Nobel do Meio Ambiente.

Lovejoy foi conselheiro ambiental dos ex-presidentes americanos Ronald Reagan, Bill Clinton e George W. Bush e ex-conselheiro-chefe do Banco Mundial para biodiversidade, e era um membro honorário da National Geographic, que financiou suas primeiras pesquisas sobre pássaros da floresta amazônica.

Ele também foi diretor da organização ambientalista WWF, dos Estados Unidos, de 1973 a 1987, tendo sido responsável pela orientação científica a respeito das florestas tropicais do hemisfério ocidental.

"Tom deixa um profundo legado no campo da biologia e na National Geographic. (...) As pesquisas pioneiras de Tom sobre a Amazônia, sua advocacia apaixonada e muitas outras de suas conquistas nos ajudaram a melhor entender, apreciar e cuidar da grande diversidade da vida em nosso planeta", disse Jill Tiefenthaler, diretor executivo da National Geographic, em um comunicado.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), lamentou a morte de Lovejoy no Twitter, e afirmou que ele era "um dos maiores cientistas e estudiosos da Amazônia", que "deixa um legado incomparável de conhecimento sobre a Amazônia para esta e futuras gerações".

Vínculo com o Brasil

Lovejoy esteve inúmeras vezes no Brasil para estudar a floresta amazônica, e ajudou a fundar o Centro de Biodiversidade da Amazônia e o Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, no final da década de 1970.

Ele foi o primeiro ambientalista condecorado pelo governo brasileiro com a Ordem do Rio Branco, em 1988, e também recebeu a Ordem do Mérito Científico, em 1998.

Em entrevista à DW Brasil em agosto de 2019, Lovey demonstrou preocupação com o futuro da floresta em meio ao avanço do desmatamento e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro ignorava o meio ambiente a a ciência.

Alguns meses antes, ele havia assinado um editorial na revista científica Science Advances, ao lado do climatologista brasileiro Carlos Nobre, no qual alertava que o desmatamento na Amazônia estava caminhando para o que chamam de ponto de inflexão, a partir do qual os padrões biológicos e climáticos são afetados de modo irreparável.

Na entrevista, ele afirmou ainda ter esperança que o Brasil pudesse no futuro retomar o posto de líder global em meio ambiente e que as ameaças à biodiversidade fossem enfrentadas "por meio do bom diálogo entre nações".

 

Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com

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