Da redação
O
primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, jogou mais lenha na fogueira das
estremecidas relações entre seu país e a China ao dizer que Beijing tem
jogado os países do Ocidente uns contra os outros. Em entrevista concedida à
rede local Global News, que foi ao ar no sábado (25), o premiê ainda
sugeriu que as democracias se juntem e formem uma “frente unida” como resposta,
segundo matéria da Bloomberg. As informações são do site de noticias internacionais A Referência.
“Tem
havido um pouco de competição entre amigos porque somos democracias
capitalistas tentando ter um bom desempenho, especialmente dada a
extraordinária oportunidade econômica do aumento da classe média chinesa”,
disse Trudeau.
Trudeau,
no entanto, reconheceu a sagacidade das estratégias do país asiático, o que,
para ele, justifica sua proposta de formalizar uma “frente ampla” global.
“Temos competido e, de tempos em tempos, a China tem nos enfrentado de maneira
muito inteligente, de forma competitiva e de mercado aberto”, disse Trudeau.
“Precisamos trabalhar melhor juntos e permanecer firmes para que a China não
nos coloque um contra o outro”.
A
fala da autoridade canadense vem em um momento delicado do relacionamento
diplomático entre as nações. Os países ainda vivem reflexos das desavenças em
consequência dos casos de Michael
Spavor e Michael Kovrig, cidadãos canadenses detidos por quase três
anos na China, logo após a prisão pelas autoridades do Canadá de Meng
Wanzhou, executiva da Huawei acusada
pelos EUA de espionagem
industrial.
Além
disso, o Canadá também anunciou um boicote diplomático
aos Jogos
de Inverno 2022, que acontecem na China entre os dias 4 e 20 de fevereiro
do próximo ano. Ottawa justificou a decisão com base em alegados abusos dos
direitos humanos por parte do governo chinês, particularmente as acusações de
genocídio que pesam contra Beijing na região
de Xinjiang, devido ao tratamento dispensado pelo país à minoria étnica
dos uigures.
Há também a ameaça de a Huawei ficar
de fora da rede sem fio 5G do país.
O
porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, pediu ao
Canadá que abandone o que ele considera ser uma “percepção errada do país”, de
modo a melhorar as relações.
“As
observações relevantes do líder canadense não correspondem aos fatos e, em vez
disso, estão cheias de mal-entendidos e erros de cálculo”, disse Zhao em uma
entrevista coletiva nesta segunda-feira (27) em Beijing.
Para ler mais
acesse, www: professortacianomedrado.com
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