Da Redação
Documento
prevê que os países em desenvolvimento sofrerão um impacto maior a longo prazo
do que as nações mais ricas
Um
relatório do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (Organização
das Nações Unidas) cita uma junção de problemas que levaram à desaceleração
da economia. Após uma expansão encorajadora de 5,5% em 2021, impulsionada
por fortes gastos do consumidor e alguma captação de investimento, com o
comércio de bens superando os níveis pré-pandemia, a produção global deverá
crescer apenas 4,0% em 2022 e 3,5% em 2023.
Liu
Zhenmin, subsecretário-geral do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais
das Nações Unidas, chamou a atenção para a importância de uma abordagem global
coordenada e sustentada para conter a Covid-19, que inclua o acesso
universal a vacinas. E alertou que, sem a vacinação, “a pandemia continuará a
representar o maior risco para uma recuperação inclusiva e sustentável da
economia mundial”.
O
relatório prevê que os países em desenvolvimento sofrerão um impacto maior a
longo prazo do que as nações mais ricas. África e América Latina e
Caribe devem ter um crescimento significativamente menor em comparação com as
projeções pré-pandemia, levando a mais pobreza e menos progresso no
desenvolvimento sustentável e na ação climática.
O
número de pessoas que vivem em extrema pobreza tende a permanecer bem acima dos
níveis pré-pandemia, com a projeção de que a pobreza
aumente ainda mais nas economias mais vulneráveis: na África, o número
absoluto de pessoas que vivem na pobreza deverá aumentar até 2023. Em
contraste, espera-se que as economias dos países mais ricos se recuperem quase
totalmente no próximo ano.
As
medidas financeiras especiais implementadas por muitos governos desde a
pandemia – como resgates, proteção social aprimorada e apoio ao emprego –
devem, diz o relatório, permanecer em vigor para garantir uma forte
recuperação. No entanto, à luz do aumento da inflação, vários bancos centrais
começaram a relaxar sua resposta monetária extraordinária à crise.
Muitos
países em desenvolvimento de baixa renda enfrentam ônus insustentáveis da
dívida externa, em meio a aumentos acentuados das taxas de juros. Os
empréstimos adicionais durante a pandemia e o aumento dos custos do serviço da
dívida colocaram muitos deles à beira de uma crise da dívida. Esses países
precisam urgentemente de mais apoio internacional coordenado para o alívio da
dívida, observa o relatório.
Prevê-se
que os níveis de emprego permaneçam bem abaixo dos níveis pré-pandemia durante
os próximos dois anos e possivelmente além. A participação da força de trabalho
nos Estados Unidos e
na Europa permanece
em níveis historicamente baixos, pois muitos que perderam empregos ou deixaram
o mercado de trabalho durante a pandemia ainda não retornaram.
Essa
escassez nas economias desenvolvidas está se somando a outras pressões, como a
inflação e os desafios da cadeia de suprimentos.
Ao
mesmo tempo, o crescimento do emprego nos países em desenvolvimento continua
fraco, em meio ao menor progresso da vacinação e gastos limitados de estímulo.
A África, a América
Latina e o Caribe e a Ásia Ocidental deverão ver uma lenta recuperação
de empregos. Em muitos países, o ritmo de criação de empregos não é suficiente
para compensar as perdas de emprego anteriores.
Conteúdo
adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
Para ler mais acesse, www:
professortacianomedrado.com
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