SÃO
PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Lula (PT) comemorou nesta sexta-feira
(28) a decisão da Justiça de arquivar o caso do tríplex de Guarujá e voltou a
criticar o ex-juiz Sergio Moro, também presidenciável e responsável pela
primeira decisão da Lava Jato contra o petista referente a esse apartamento.
"Estou
feliz porque acabei de saber da notícia que a Justiça arquivou o processo do
tríplex. A mentira contada pelos meus algozes."
"Vou
evitar citar o nome [deles], porque cada vez que cito, ficam aproveitando para
fazer disputa. Sempre acreditei que a verdade viria à tona", afirmou o
petista em entrevista à Rádio Liberal de Belém.
A
juíza Pollyanna Alves, da 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, arquivou o
processo contra o ex-presidente em decisão tomada nesta quinta-feira (27). Na
ação, o ex-presidente era acusado de lavagem de dinheiro e corrupção.
Pollyanna
Alves concordou com manifestação do MPF (Ministério Público Federal), que havia
pedido a prescrição do processo, em parecer assinado pela procuradora da
República no Distrito Federal Márcia Brandão Zollinger.
"Tenho
evitado esse processo porque acho que a história vai se encarregar de colocar
as coisas nos devidos lugares", seguiu Lula na mesma entrevista.
"Muita
gente tinha previsto que o PT ia morrer, que o Lula ia morrer. Quem tem fé e a
consciência limpa vai sempre vencer. Estou numa posição de muita tranquilidade
vendo a verdade aparecendo a cada dia. Quem era herói está virando bandido e
quem era bandido está virando herói."
O
Ministério Público alegou que o STF (Supremo Tribunal Federal) decretou a
nulidade de todos os atos decisórios do então juiz federal Sergio Moro. Em
decisão de junho deste ano, o STF entendeu que Moro foi parcial em seu
julgamento e, com isso, as provas colhidas no caso foram consideradas
inválidas.
O
argumento foi aceito pela juíza, que determinou o arquivamento dos autos e a
extinção da punibilidade pela prescrição do caso.
"Registro
que uma vez anulados todos os atos praticados, tanto os da ação penal como da
fase pré-processual, foram tornados sem efeito todos os marcos interruptivos da
prescrição. Pelo exposto, acolho a promoção ministerial e determino o
arquivamento dos autos", escreveu a juíza.
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