O Brasil registrou 1.121 novas mortes pela covid-19 nesta sexta-feira, 11. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 880, a pior marca desde o dia 12 de agosto. Os números continuam altos e mostram a piora da pandemia com a chegada da variante Ômicron do Coronavírus, que causou uma explosão de casos. As informações são de Luiz Henrique Gomes/Estadão.
É
a quarta vez em uma semana que o País supera as mil mortes por covid-19 em 24
horas. A média móvel de óbitos continua a subir e chega a um patamar superior a
800, o que não ocorria há 5 meses. Em janeiro, essa marca estava abaixo de 100.
Nesta
sexta, o número de novas infecções notificadas foi de 166.528 e a
média móvel de casos, de 138.926. Essa média tem caído desde o último
dia 3, quando chegou a 188.116, o que indica uma queda de novas infecções.
No
total, o Brasil tem 637.232 mortos e 27.292.040 casos da doença. Os
dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado
por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em
parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h.
Segundo os números do governo, 23.101.660 pessoas estão recuperadas.
Desde
a chegada da variante Ômicron no Brasil, o número de contaminações bateu
recorde no início deste ano com números superiores aos dos piores momentos da
pandemia no País. E depois dessa quantidade enorme de infectados, mesmo com
muitas pessoas tendo dificuldade para se testar, o número de internações e
mortes voltou a subir e a gerar números absolutos altos.
"Se
você tem mil pessoas morrendo por dia, não importa se isso é 1%, 10% ou 100%
dos infectados. O que importa é que são mil vidas perdidas. A mortalidade é
mais importante que a letalidade", considerou o professor da Unesp, Carlos
Magno Fortaleza.
"A
Ômicron causa quadros mais brandos, principalmente em quem está vacinado, e o
Brasil tem uma cobertura vacinal razoável. Então era esperado que a o número de
óbitos aumentasse também após uma alta nas contaminações, mas acredito que
possa começar a cair nas próximas semanas", avaliou o médico sanitarista
André Ricardo Ribas Freitas, professor de epidemiologia da Universidade São Leopoldo
Mandic e doutor pela Unicamp.
Ele
reforça que o carnaval é um motivo de preocupação, por causa do contato mais
próximo entre as pessoas. "Temos de cuidar, a doença não está totalmente
controlada, mas é diferente daquele surto que ocorreu com a Gama, que é mais
letal, e as pessoas não estavam vacinadas na época, só uma parte dos idosos. A
gente sabe que o risco para as pessoas não vacinadas é maior, para qualquer
linhagem. E, no caso da Ômicron, a terceira dose ajuda a proteger mais",
diz.
O Estado
de São Paulo foi o que mais registrou mortes nesta sexta-feira, com 317
óbitos. Em seguida, aparece Minas Gerais, com 143 mortes, e Rio de
Janeiro, com 140 mortes. Paraíba foi o único Estado a não
registrar mortes nas últimas 24 horas.
Ao
todo, as mortes causadas pela covid-19 no Brasil por habitantes são
quatro vezes maiores que a média mundial, segundo a Fiocruz. O País
concentra 11% do total de mortes da pandemia no mundo e teve 2.932 mortes para
cada 100 mil habitantes. Essa proporção, no mundo, foi de 720 para cada 100 mil
habitantes.
O
balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de
comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma
colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no
Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo
Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após
os registros governamentais continuarem a ser divulgados.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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