O
ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse nesta sexta-feira (4) que o
protagonismo em 2022 será dos professores, e que chega de usá-los como
"massa de manobra político eleitoral". As informações são do FolhaPress.
Historicamente,
a categoria tem ampla base sindicalizada. O apelo do ministro ocorre a meses da
eleição presidencial, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se enfrentarão nas urnas.
"Em
2021, o protagonismo foi dos profissionais de saúde. Em 2022, o protagonismo
será dos profissionais de educação. Chega de usar os professores, os
profissionais de educação apenas como uma massa de manobra político eleitoral.
Está na hora de ações diretas. E uma ação direta é essa [reajuste salarial],
que respeita o profissional e dá a ele um ganho a mais dentro dessa
situação", disse Ribeiro.
A
declaração do ministro e pastor foi durante evento no Palácio do Planalto que
oficializou o reajuste de 33,24% para professores da educação básica neste ano.
De
acordo com ele, serão cerca de 1,7 milhões de profissionais beneficiados, que
lecionam para mais de 38 milhões de estudantes.
O
aumento ocorreu na semana passada e foi publicado no Diário Oficial da União.
O
Ministério da Educação anuncia, anualmente, aumento salarial para a categoria
e, neste ano, avaliou barrar o reajuste previsto pela Lei do Piso do
magistério. Houve, portanto, um recuo do governo, que cumpriu o que previsto na
lei.
No
último dia 14, o MEC divulgou uma nota indicando entendimento jurídico de que
seria necessário rever a regra de cálculo do reajuste dos professores, uma vez
que foi instituído o novo Fundeb.
Era
dessa forma que o governo pretendia barrar o reajuste de 33% neste ano.
No
evento do Planalto, nesta sexta, o presidente chegou a dizer que gestores
estaduais e municipais chegaram a defender para ele um reajuste menor, de 7%.
"A quem pertence a caneta Bic para assinar o reajuste? Essa caneta aqui
quem vai usá-la sou eu", disse Bolsonaro.
Em
sua fala no Planalto, o ministro da Educação disse ver na mídia gestores que
acham o reajuste de 33,24% muito grande, mas afirmou que há recursos
suficientes para o pagar o aumento dos profissionais. O desembolso é dos cofres
estaduais e municipais.
"Mas
me lembro no final do ano, pouco antes do final do ano, de ter sido procurado
por prefeitos e governadores com dificuldade devido ao montante de recurso para
educação que tinham de usar. E me perguntaram: o que a gente pode fazer? Aí
foram bônus, computadores", disse.
Devido
à pandemia, as aulas foram suspensas em todo o país. Mas os recursos do
orçamento da educação são carimbados e não pode haver remanejamento. Ou seja,
os prefeitos não poderiam aplicar aquele montante na saúde, por exemplo.
Para ler mais acesse, www:
professortacianomedrado.com
AVISO: Os comentários são de
responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor
Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira
responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a
lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os
critérios podem ser removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário