O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou o compartilhamento de provas do inquérito 4.878, que investiga vazamento de dados pelo presidente Jair Bolsonaro, com o inquérito 4.874, que apura a existência de uma milícia digital para deslegitimar a democracia. As informações são da Revista Consultor Jurídico.
A
decisão, da última sexta-feira, foi publicada nesta terça (8/2) no andamento
processual. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, atende a um pedido da
delegada Denisse Ribeiro, da Polícia Federal, responsável pelas duas
investigações.
"Verifico
a pertinência do requerimento da autoridade policial, notadamente em razão da
identidade de agentes investigados nestes autos e da semelhança do modus
operandi das condutas aqui analisadas com as apuradas nos Inquéritos
4.874/DF e 4.888/DF, ambos de minha relatoria", afirmou o ministro na
decisão.
No
inquérito contra Bolsonaro, a Polícia Federal concluiu que o presidente cometeu
crime ao divulgar resultados sigilosos de uma investigação sigilosa sobre
tentativas de ataque ao Tribunal Superior Eleitoral.
Apesar
disso, a delegada informou que não iria promover o indiciamento do presidente
para não violar precedente do STF de que pessoas com foro só podem sofrer
indiciamento mediante autorização da Corte.
Agora,
as informações levantadas nesse inquérito poderão subsidiar as investigações de
outro processo, que investiga as atividades de uma milícia digital organizada
para atacar ministros do Supremo e desestabilizar as instituições democráticas
no país.
As
provas também serão compartilhadas em um terceiro inquérito, que investiga o presidente por ter
associado, durante uma live, a vacina contra a Covid-19 à contaminação pelo
vírus da Aids.
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professortacianomedrado.com
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