Em
entrevista à Rede de Rádios 94,5 FM do Paraná, nesta 6ª feira
(18.fev.2022), o Pré-candidato à Presidência da República, o ex-juiz e
ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos)
disse que a candidatura do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) é baseada na “farsa de que ele foi
inocentado” e em “falha do Poder judiciário”.Moro voltou a dizer que, se eleito, indicará ao STF
(Supremo Tribunal Federal) juízes “terrivelmente contrários à corrupção”.
“Me
causa espanto uma candidatura presidencial baseada em uma farsa. A gente tem
que se indignar em relação a isso e a gente tem que remodelar nosso sistema de
Justiça”, declarou.
“Lula
foi beneficiado por um sistema de justiça que, com todo o respeito, é
ineficiente e as pessoas sabem disso.”
CANDIDATURA
Moro
disse querer ser candidato para “construir um Brasil melhor”. O
ex-ministro afirmou que “as pessoas estão passando dificuldades” uma
vez que “o governo não entregou o que prometeu”.
Segundo
o ex-juiz, os brasileiros merecem “algo melhor” do que aquilo que vem sendo
feito pelo presidente Jair
Bolsonaro (PT) e pelo que foi realizado em governos petistas. O
ex-juiz disse ter percebido que seu nome tem potencial para ser alternativa a
Bolsonaro e Lula.
“Tenho
dificuldade de encontrar gente que queira votar realmente no Lula ou no
Bolsonaro”, disse. Moro afirmou que, em sua visão, os eleitores votam em um por
não gostar do outro. “Não pode ser uma eleição em que o brasileiro seja forçado
a cometer um suicídio e escolher entre Lula e Bolsonaro”, continuou.
O
ex-juiz disse não aceitar que o Brasil esteja fadado a se submeter “a uma
escolha tão ruim”. Moro falou que trabalhará “com a verdade”.
“As
pessoas sabem a verdade. Elas às vezes querem se iludir com seus mitos, com as
suas ideias. No fundo, o que a gente tem aqui são falsos ídolos.”
REFORMAS
Segundo
Moro, o governo Bolsonaro deixou de lado reformas necessárias para o Brasil.
Por isso, disse que seu plano de governo é “reformista”. Se eleito, vai se
focar nas reformas administrativa –para ter “serviço público de qualidade”– e
tributária –para unificar os tributos sobre consumo.
Moro
afirmou que trabalhará para implementar um “pacote ético”, que abrangerá
combate à corrupção e o fim da reeleição e do foro privilegiado.
POLÍTICA
ENERGÉTICA
Moro
disse que “a inflação está descontrolada” e não apenas o preço dos combustíveis
está alto. “É um problema um pouco mais complicado que apenas o combustível”,
afirmou.
O
pré-candidato falou ser necessário controlar a inflação “sem arbitrariedade” e
ter uma discussão séria sobre o preço dos combustíveis e da energia. “Você não
pode baixar o preço dos combustíveis para ganhar eleição” como Bolsonaro “está
tentando fazer”, declarou.
Para
o ex-juiz, é possível discutir uma redução de tributos do setor, mas “com
responsabilidade” e de forma permanente. Moro ainda falou em melhorar a
rede de infraestrutura.
“A
boa notícia é que o Brasil tem um grande potencial para tudo que o mundo está
querendo, que são novas formas de exploração de energia, não baseadas em óleo e
gás”, disse, citando hidrogênio verde e energias eólica e solar.
Moro
afirmou ainda ser preciso “voltar a discutir o [uso do] etanol no
Brasil”.
TRANSPORTE
Moro
se mostrou a favor de contar com a iniciativa privada para melhorar a
infraestrutura brasileira. No entanto, falou que os contratos precisam ser “bem
feitos”. Segundo ele, por erros dos governos anteriores, não se tem visto o
Brasil crescer de forma duradoura.
GOVERNO
DO PARANÁ
Moro
foi questionado se o Podemos vai apoiar o projeto de reeleição do governador do
Paraná, Ratinho Junior (PSD). O ex-juiz respondeu que o
partido está “construindo um projeto nacional” e conversando com diversos
atores políticos.
Disse
existir a possibilidade do Podemos apoiar o atual governador, mas que a decisão
será tomada mais para frente.
O
ex-juiz não confirmou que, em caso de o partido não apoiar o atual governador,
lançaria a candidatura do senador Álvaro
Dias (Podemos). Moro elogiou o trabalho do político, disse ser um bom
nome para o Congresso, assim como outros do Podemos. Citou o
ex-procurador Deltan Dallagnol, que, segundo ele, foi “perseguido” no
Ministério Público por “fazer a coisa certa”.
Com informações do Poder 360
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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