O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) formalizou nesta terça-feira (15/2) a parceria com oito redes sociais com
o objetivo de combater a desinformação sobre o processo eleitoral deste ano. A
iniciativa, que já vinha sendo anunciada e ocorreu em anos anteriores, foi
firmada em cerimônia virtual.
Neste
ano, a novidade foi a inclusão da Kwai, plataforma de compartilhamento de
vídeos curtos. "Vamos ter um canal direto com o TSE para [denunciar]
conteúdos que violem a legislação eleitoral e causem risco para a integridade
das eleições", disse Wanderley Mariz, diretor de relações governamentais e
políticas públicas da rede social.
Nesta
terça, foram assinados memorandos de entendimento que listam ações, medidas e
projetos a serem desenvolvidos em conjunto pelo TSE e as plataformas, de acordo
com as especificidades da cada uma. Tais ações serão colocadas em prática mesmo
após o período eleitoral, até 31 de dezembro.
Uma
das principais linhas de atuação é a remoção de conteúdos considerados danoso
ao processo eleitoral. Nessa linha, plataformas como TikTok, Facebook e
Instagram anunciaram que seguirão com a exclusão de publicações nocivas. O
Twitter, por sua vez, demonstrou postura mais cautelosa.
"Não
dependemos apenas de decisões binárias de remoção e ou exclusão de conteúdo,
pois sabemos que oferecer a pessoas o contexto adequado é também uma ferramenta
eficaz e importante para combater a desinformação", disse Daniele Kleiner
Fontes, chefe de políticas públicas do Twitter.
Já
o WhatsApp disse que continuará a suspender contas que apresentem
"atividade inautêntica". Segundo o representante da plataforma
mensagens instantâneas, Dario Durigan, em todo o mundo são suspensas mais de 8
milhões de contas por mês do aplicativo. "A eleição brasileira é a mais importante
para o WhatsApp no mundo em 2022", afirmou o executivo.
Sem
citar concorrentes, Durigan afirmou que o aplicativo é "dos únicos
serviços de mensagens instantâneas que respeitam a lei brasileira". Desde
o início do ano, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, tem criticado o
Telegram, um dos principais concorrentes do WhatsApp, por não possuir
representação no Brasil nem se submeter às leis brasileiras.
O
diretor de relações governamentais do Google no Brasil, Marcelo Lacerda,
anunciou ainda que a empresa divulgará um relatório de transparência de
anúncios políticos, "que dará visibilidade sobre quem contratou esses
anúncios, quanto pagou, para quem esses anúncios foram servidos e quais os
parâmetros utilizados para a segmentação desses anúncios".
Outras
iniciativas das plataformas são focadas na disseminação de informações oficiais
sobre o pleito, que devem receber maior destaque das ferramentas, por meio
de links, stickers, avisos e bots do próprio TSE.
"Nós
conseguimos avançar com ferramentas e instrumentos que ajudam a justiça
eleitoral e as plataformas a servirem da melhor forma ao pais e a democracia
brasileira", disse Barroso no evento desta terça. Ele reafirmou que a
parceria entre o TSE e as plataformas não envolve nenhuma troca de
dinheiro. Com informações da Agência Brasil.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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