Da Redação
A
Polícia Federal (PF) negou a existência de um suposto novo depoimento de Adélio
Bispo de Oliveira, autor de uma facada contra o então candidato à
Presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro (PL), em setembro de
2018. As informações são do Brasil de Fato.
A
corporação disse que “não procede” o boato de que Adélio teria incriminado o
Partido dos Trabalhadores (PT) ou a campanha do ex-ministro Fernando Haddad
pelo atentado contra Bolsonaro. A informação foi confirmada pelo jornalista
Rubens Valente, do Uol.
O Brasil
de Fato enviou e-mail à assessoria de imprensa da PF solicitando uma nota
sobre o caso. Até o momento, não houve resposta. Caso a corporação responda, o
comunicado será adicionada na íntegra à reportagem.
“Ainda
que agora quisesse prestar um novo ‘depoimento’ – o que é negado, é uma fake
news -, nunca seria como testemunha ou réu, já que foi diagnosticado repetidas
vezes como portador de transtorno mental e é considerado pela Justiça Federal
como inimputável”, escreveu Valente, em sua reportagem.
Em
2019, o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora (MG), concluiu
que Adélio tem transtorno mental e é inimputável —incapaz de entender o caráter
de crime que cometeu e de responder por seus atos. Por isso, agora, ele
poderia, no máximo, ser ouvido como “informante”.
Adélio
está preso desde setembro de 2018, quando cometeu a tentativa de assassinato
contra o então candidato Bolsonaro durante ato de campanha em Juiz de Fora. Ele
passou por avaliações de psiquiátricas oficiais e indicados pela defesa e pela
acusação.
No
último sábado (12), uma publicação de um perfil no Twitter afirmou que “Adélio
Bispo prestou depoimento gravado pela PF dizendo que a facada teria sido
encomendada pela campanha de Haddad em 2018”. O Brasil247 repercutiu
o caso.
“Carluxo
irá usar esse vídeo. Eu tenho certeza, absoluta que Adélio foi coagido”, diz o
tweet. O Brasil de Fato fez contato com os administradores da página
para verificar a veracidade da informação. Até o momento, não houve resposta.
Em
novembro de 2021, a PF, de fato, retomou as investigações sobre Adélio Bispo.
Neste passo estava prevista a análise
de dados bancários e do celular de Zanone Manuel de Oliveira, principal
advogado de Adélio.
À
época, o delegado da PF Rodrigo Morais Fernandes também confirmou que vai
apurar as informações fiscais e as imagens do circuito interno de TV do
escritório de advocacia onde trabalha Zanone.
A
reabertura do inquérito foi autorizada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região
(TRF-1), dando seguimento ao processo que se encontrava arquivado desde 2019.
A
PF já concluiu duas vezes que Adélio agiu sozinho no atentado. Bolsonaro e
aliados sustentam – sem provas – que o acusado não teria como pagar os
honorários dos advogados e, por isso, deveria ser apurado quem pagou a conta.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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