Condenado por difamação contra o youtuber Felipe Neto, o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio está com dificuldades para pagar a indenização. Ele tem sido socorrido por uma "vaquinha" feita por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para arrecadar os R$ 9,3 mil necessários para cumprir a sentença.
Oswaldo
Eustáquio foi condenado por afirmar, sem provas, que Felipe Neto incentiva a
erotização de crianças e a pedofilia.
O
texto da "vaquinha", que circula em grupos de apoio de
Bolsonaro, divulga o número do Pix para doações e afirma que o
blogueiro perdeu a ação "por defender nossas crianças". "O
excesso de judicialização tem sido um tipo de censura. Vivemos tempos sombrios,
onde falar a verdade se tornou crime", disse Eustáquio à Folha de
S.Paulo.
Em
agosto de 2020, Felipe Neto publicou o seguinte texto no Twitter, em reação à
notícia do estupro sofrido por uma menina de dez anos: "Se você acha que
uma criança de 10 anos, grávida após estupro, deve ser obrigada a carregar o
fruto desse estupro e ter sua vida posta em risco... Você não é mais um ser
humano, apenas uma ferramenta da maldade teocrática em busca de poder. Você
representa o martelo, não Cristo".
Em
resposta, Eustáquio acusou Felipe Neto de incentivar a erotização infantil e a
pedofilia, o que levou o youtuber a processá-lo.
Velho
conhecido
Oswaldo Eustáquio tem dado bastante trabalho à Justiça. Em nome de uma suposta
liberdade de opinião, o blogueiro já foi preso duas vezes por determinação do
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Suspeito
de participar da organização de atos contra as instituições
democráticas, o blogueiro foi autorizado a cumprir domiciliar após a
primeira prisão, mas acabou sendo preso novamente por descumprir medidas cautelares
impostas à época de sua primeira detenção. Eustáquio desrespeitou
"proposital e reiteradamente" as ordens para não sair de Brasília e
para não usar as redes sociais.
Mais
recentemente, Eustáquio foi condenado a indenizar o Psol em R$ 10 mil pelo
crime de difamação, conforme publicado pela Folha de S.Paulo.
Eustáquio
afirmou, em abril de 2020, que um braço político do partido teria agido junto
com Adélio Bispo no episódio da facada dada em Bolsonaro, em 2018. Em
publicação no portal Renews, o blogueiro disse que existiam suspeitas de
que a legenda e o ex-deputado federal Jean Wyllys eram "os mandantes
do crime que tentou tirar a vida do presidente".
Com
informações da Revista Consultor Jurídico
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professortacianomedrado.com
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