Enquanto
o PT se prepara para tentar barrar a privatização da Eletrobras na
Justiça, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi às redes sociais
para "deixar bem claro" que ele é contrário ao leilão da estatal.
Segundo o petista, além de garantir o fornecimento de energia e gerar empregos,
a empresa é responsável por regular o sistema elétrico no País e impedir o
monopólio do setor. A presidente nacional da sigla, Gleisi
Hoffmann, prometeu enviar ainda hoje uma ação ao Supremo Tribunal
Federal (STF) para evitar a privatização. As informações são do Estadão.
"Eu
sou contra, o PT é contra e o meu governo sempre foi contra à privatização das
empresas públicas e das empresas estatais que tanto serviço prestaram ao povo
brasileiro”, disse, em entrevista à Rádio Passos 94,7 FM. A declaração foi
reproduzida nas mídias sociais do presidenciável. "Não há nenhuma
necessidade de vender um patrimônio que foi construído pelo povo brasileiro com
o dinheiro do povo brasileiro. É uma empresa que pode servir para ser a
reguladora do sistema elétrico no País, não permitindo um abuso no aumento das
energias, como estamos vivendo hoje no Brasil."
O
petista já defendeu a revogação da reforma trabalhista, contestou outras
privatizações planejadas pelo governo Bolsonaro, como a dos Correios, e
destacou que realizar novas reformas, como a administrativa, não será
prioridade de seu governo, caso seja eleito.
A
presidente do partido declarou que o valor da venda da Eletrobras, estipulado
pelo Tribunal
de Contas da União (TCU), é “subfaturado”. “Não podemos deixar essa
riqueza ser vendida, ainda mais pela metade do valor. TCU concordou com o preço
subfaturado, isso é estelionato contra o povo!”, disse Gleisi, em sua rede
social.
A
primeira etapa do processo de privatização foi aprovada por seis votos a um pelo TCU, na última
terça-feira, 15, em meio a questionamentos sobre o baixo valor de venda da
estatal.
Nesta
terça-feira, 22, os acionistas da Eletrobras se reúnem para deliberar sobre o processo de privatização da
companhia, que deverá ocorrer por meio de uma oferta de ações na Bolsa
brasileira, a B3, e em Nova York. Com a ausência de investimento da União na
oferta, sua participação no capital votante cairá de 72,33% para 45%, deixando,
dessa forma, de ter o controle da estatal de energia.
Esta
é a terceira vez que o Estado brasileiro tenta privatizar a Eletrobras. A
primeira foi no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas o projeto não
foi adiante. No governo Lula (PT), em 2003, a empresa foi retirada do Plano
Nacional de Desestatização (PND). Já na gestão de Michel
Temer (MDB), uma MP foi enviada ao Congresso Nacional, que Jair
Bolsonaro (PL) usou como base para a privatização atual.
Reforma
trabalhista
O
petista também voltou a falar sobre a necessidade de mudanças na reforma
trabalhista aprovada durante o governo Michel Temer, em 2017. "O que eles
fizeram foi uma destruição", criticou. "É como se eles tivessem
dinamitado os direitos dos trabalhadores, tudo que construímos desde 1942,
quando foi criada a CLT", disse.
Segundo
o ex-presidente, é necessário juntar sindicatos, empresários e o governo para
estudar alterações que levem a uma legislação trabalhista adequada ao momento
atual, garantindo direitos e seguridade social. "Não queremos fazer nada
na marra, mas queremos discutir o que é bom para o Brasil", disse Lula.
Regulamentação
da mídia
Sobre
a regulamentação da mídia no Brasil, tema recorrente em seu discurso, Lula
declarou que "a maldade tomou conta", das redes, com a disseminação
de notícias falsas. "Eu vou juntar os internautas e as pessoas que
entendem disso para discutir uma regulação civilizada", afirmou.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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