O líder da região russa da Chechênia, Ramzan Kadyrov, disse que
combatentes chechenos foram enviados à Ucrânia, em discurso para multidão com
mais de 10 mil militares, na 6ª feira (25). O comício foi realizado na capital
da província, Grozny, para mostrar apoio ao Kremlin. As inormações são
do Poder 360.
Em vídeo publicado
pela estatal russa RT, Kadyrov diz ter 12 mil voluntários prontos para
aumentar o contingente russo na Ucrânia. Em seguida, o chefe checheno afirma
que não houve baixas até o momento.
“Quero
dar conselhos ao atual presidente Zelensky para que ligue para o nosso
presidente, o comandante supremo Vladimir Putin, e peça desculpas por não
fazê-lo antes. Faça isso para salvar a Ucrânia. Peça perdão e concorde com
todas as condições que a Rússia apresenta. Este será o passo mais correto e
patriótico para ele”, declarou o líder.
Kadyrov
renovou o pedido do presidente russo Vladimir Putin para
que ucranianos derrubem seu próprio governo. Para ele, as forças poderiam
facilmente tomar Kiev e todas as grandes cidades do país.
QUEM
É O LÍDER CHECHENO
Ramzan
Kadyrov é o 3° líder da região, reanexada à Rússia nos anos 2000. Foi de
rebelde separatista a um aliados de Putin na região.
O
líder checheno é apontado por ONGs como mandante de uma ampla gama de
violações generalizados dos direitos humanos na Chechênia. Durante seu mandato,
Kadyrov defendeu publicamente “limpar o sangue checheno” de LGBTQIA+,
defensores dos direitos humanos, jornalistas e usuários de drogas. Em 2017, uma
investigação encontrou prisões ilegais ondedezenas de homens gays
eram detidos. Na ocasião, Kadyrov declarou que em seu país “não há gays”.
3º
DIA DE CONFLITO
A
Ucrânia enfrenta o 3º dia de conflito com a Rússia. No início da manhã, um
post no perfil do Facebook das Forças Armadas ucranianas dizia que um “combate
ativo” estava em curso nas ruas da capital.
A
prefeitura de Kiev ampliou o toque de recolher na capital. A partir deste
sábado (26.fev.2022), civis não podem transitar pelas ruas da cidade das 17h da
tarde até as 8h da manhã (horário local). Na capital, o metro deixou de
funcionar para servir como abrigo contra ataques aéreos.
Kharkiv,
uma das maiores cidades do país, também decretou toque de recolher das 18h às
6h (horário local), segundo a embaixada brasileira em Kiev.
GUERRA
NA UCRÂNIA
Ao
menos 198 ucranianos, incluindo 3 crianças, foram mortos na invasão russa,
segundo informações do Ministério da Saúde da Ucrânia à agência de
notícias Interfax,
neste sábado (26.fev). Os feridos somam 1.115, sendo 33 crianças. O ministério
não especificou se as vítimas eram civis.
Em
pronunciamento na 6ª feira (25.fev.2022), Zelensky disse que a madrugada de sábado (26.fev) será decisiva na
defesa do país.
“Esta
noite o inimigo usará todos os meios disponíveis para romper nossa resistência”,
disse. “O destino da Ucrânia está sendo decidido neste momento”, frisou.
No
discurso de pouco mais de 5 minutos, o presidente ucraniano afirmou que as
forças russas “lançarão ataques” em diferentes pontos do país durante
a noite, como nas cidades de Chernihiv, Sumy, Kharkiv, a região separatista de
Donbass e a capital Kiev.
ENTENDA
O CONFLITO
A
disputa entre Rússia e Ucrânia começou oficialmente depois de uma invasão russa
à península da Crimeia, em 2014. O território foi “transferido” à
Ucrânia pelo líder soviético Nikita Khrushchev em 1954 como um “presente” para
fortalecer os laços entre as duas nações. Ainda assim, nacionalistas russos
aguardavam o retorno da península ao território da Rússia desde a queda da União Soviética, em 1991.
Já
independente, a Ucrânia buscou alinhamento com a UE (União Europeia) e Otan
enquanto profundas divisões internas separavam a população. De um lado, a
maioria dos falantes da língua ucraniana apoiavam a integração com a Europa. De
outro, a comunidade de língua russa, ao leste, favorecia o estreitamento de
laços com a Rússia.
O
conflito propriamente dito começa em 2014, quando Moscou anexou a Crimeia e
passou a armar separatistas da região de Donbass, no sudeste. Há registro de
mais de 15.000 mortos.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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