Pré-candidato
à Presidência da República pelo Podemos, Sergio Moro,
afirmou nesta 5ª feira (14.fev.2022) que irá indicar juízes “terrivelmente
contra corrupção” para vagas no STF (Supremo Tribunal Federal) durante
eventual governo. Em entrevista à Jovem Pan,
o ex-juiz disse que irá assegurar a autonomia do Ministério Público Federal
(MPF) e Polícia Federal.
A
expressão “terrivelmente” faz referência à indicação de André Mendonça à Suprema Corte. Em julho do
ano passado, o presidente Jair
Bolsonaro (PL) disse indicaria um ministro “terrivelmente evangélico” ao STF. Mendonça é pastor
presbiteriano.
A
gente vai nomear para o Supremo Tribunal Federal juízes terrivelmente contra a
corrupção. Gente firme contra a corrupção”, disse.
O
ex-juiz afirmou também que a “culpa” do enfraquecimento do combate à
corrupção não é exclusiva de Bolsonaro. Segundo Moro, o Congresso e o STF
atuaram com “cumplicidade” nesse processo.
Para
Moro, o STF anulou as condenações de Lula (PT) “com base em
coisas que ninguém entende”. Ex-ministro da Justiça disse que essas decisões do
STF colaboram com a mensagem de que o “crime compensa”.
“O
governo atual juntamente com parte do Congresso e parte do STF destruíram a
Lava Jato [sic]. Quando eu falei aquilo [que não ia ser
candidato], eu pensava que ia acontecer algo diferente e que a gente ia
conseguir mudar o rumo das coisas no Brasil”, afirmou.
Na decisão, o ministro do STF Edson Fachin entendeu que não havia conexão entre os fatos apontados pelo MPF contra Lula e o esquema de desvios na Petrobras alvo da Operação Lava Jato. Segundo ele, o direito processual penal estabelece a necessidade de anular “atos decisórios praticados por juiz incompetente”, caso da 13ª Vara Federal de Curitiba.
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