O
Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) publicou nesta
quinta-feira (17) a nova edição do “Relatório Fronteiras”. O documento revela
que “os incêndios estão
acontecendo de forma mais severa e com mais frequência, a poluição sonora
urbana está se tornando um problema global de saúde e as desordens nos ciclos
de vida na natureza estão causando consequências ecológicas”.
A
diretora-executiva do Pnuma, Inger Andersen, declarou que o Relatório
Fronteiras “identifica e oferece soluções para três questões ambientais que
merecem a atenção e ação de governos e do público em geral”.
Segundo
Andersen, “poluição sonora urbana, incêndios e mudanças nos processos
biológicos são problemas que destacam a urgência de se tratar da tripla crise
planetária: mudança
climática, poluição e perdas da biodiversidade”.
Esta
é a quarta edição do relatório, sendo que a primeira, publicada quatro anos
antes da pandemia de Covid-19, em 2016, alertava para o risco crescente das
zoonoses.
Poluição
sonora
Sobre
a poluição sonora urbana, o documento destaca que barulhos causados pelo
tráfego, por ferrovias ou por atividades de lazer impactam de forma negativa a
saúde e o bem-estar. Muitas pessoas acabam tendo problemas no sono, o que pode
resultar em desordens metabólicas, incluindo diabetes, falhas na audição e
baixa saúde mental.
A
poluição sonora já é responsável por 12 mil mortes prematuras por ano na União
Europeia (UE), afetando um entre cinco cidadãos do bloco. O barulho em
excesso também ameaça os animais, alterando a comunicação entre espécies e os
comportamentos de pássaros, insetos e anfíbios.
Uma
das soluções propostas pelo Pnuma é para que projetos de planejamento urbano
levem em conta a redução do barulho na fonte e que as infraestruturas urbanas
criem “paisagens sonoras”, como cinturões de árvores, paredões verdes, jardins
nos topos de edifícios e mais espaços verdes nas cidades.
Incêndios
Em
relação aos incêndios, o Pnuma revela que a situação irá piorar: projeções
mostram que as queimadas serão mais
intensas e frequentes, graças à mudança climática, com temperaturas
mais quentes e clima
mais seco. Além dos perigos para a saúde humana, haverá grandes perdas de
biodiversidade, ameaçando mais de 4,4 mil espécies terrestres e aquáticas
Entre
2002 e 2016, por exemplo, cerca de 423 milhões de hectares de terra, uma área
equivalente ao tamanho da UE, foi queimada, sendo mais comum em florestas
mistas ou savanas. O Pnuma calcula que 67% de todos os tipos de queimadas
aconteceram no continente africano.
O
relatório pede mais investimentos para reduzir riscos de incêndios;
desenvolvimento de programas de prevenção e resposta que incluam comunidades
rurais e indígenas e utilização de satélites e radares.
Ciclo
da vida
O
terceiro alerta feito pela agência da ONU está relacionado com a fenologia,
termo utilizado para os estágios dos ciclos de vida que ocorrem graças às
forças ambientais.
O
Pnuma explica que plantas e animais de todos os tipos utilizam temperaturas,
duração dos dias ou chuvas para saber quando desabrochar folhas e flores,
dar frutos,
fazer os ninhos, produzir pólen ou migrar.
As
alterações climáticas estão afetando esses ciclos, fazendo com que plantas ou
animais fiquem fora de sincronia com seus ritmos naturais. O problema atinge
principalmente espécies migratórias de longa distância, que podem deixar de
prever com precisão quais serão as condições do clima no local de
destino.
O
Pnuma revela que mais pesquisas são necessárias sobre o fenômeno, mas destaca
ser essencial limitar as taxas de aquecimento global por meio da redução das
emissões de CO2.
Conteúdo
adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário