© Michal Cizek Pessoas
fazem fila do lado de fora de uma agência do banco estatal russo Sberbank para
retirar suas economias e fechar suas contas em Praga, República Tcheca, em 25
de fevereiro de 2022
As
autoridades e os empresários russos se preparam para os possíveis efeitos na
microeconomia das sanções impostas pela invasão da Ucrânia, como o aumento dos
preços, bloqueio de cartões de crédito e o surgimento de um mercado paralelo.
Os
restaurantes de Moscou estão abertos e cheios neste fim de semana de quatro
dias, já que o 8 de março - Dia Internacional da Mulher - é feriado na Rússia.
Apesar
de uma aparente normalidade, o setor privado começa a se preocupar com os
efeitos das sanções em um país onde o risco de desabastecimento é levado a
sério após diversas crises econômicas e períodos de hiperinflação no passado.
As
grandes redes de distribuição constataram um aumento das compras de itens
básicos, segundo o ministério do Comércio russo, que se mostra preocupado com o
surgimento de um mercado paralelo.
-
Compras em grandes quantidades -
"As
principais redes de supermercados decidiram minimizar o risco de compra por
revendedores de produtos básicos", afirmou o ministério do Comércio
em comunicado.
"Em
várias regiões [...] esses produtos foram comprados em grandes quantidades, até
muitas toneladas, superiores ao necessário para uso pessoal, com o objetivo de
revendê-las", acrescentou.
Para
evitar o aumento dessa prática, as grandes redes estabeleceram restrições às
quantidades vendidas para cada indivíduo.
A
Rússia também pode limitar os preços de diversos alimentos básicos - como
carne, pescado, leite, farinha e açúcar - para evitar a inflação. Mas, por ora,
o governo não se pronunciou a favor desta medida.
De
acordo com os empresários, o aumento dos preços já é uma realidade, apesar de
ainda não ter saído nenhum dado estatístico que confirme essa afirmação.
Por
sua vez, o Banco Central da Rússia determinou que instituições financeiras não
publiquem seus balanços a partir de fevereiro, para "limitar o risco das
entidades de crédito ante as sanções".
-
Sem Visa e Mastercard -
A
solvência dos bancos russos, que garantem dispor da liquidez necessária para
atender às necessidades de seus clientes, está em xeque, sobretudo devido ao
risco de saques maciços de dinheiro, no momento em que o valor do rublo
despenca em relação ao dólar e ao euro.
Além
disso, as operadoras de cartão de crédito Visa e Mastercard anunciaram no
sábado que seus serviços deixariam de funcionar na Rússia e no exterior, no
caso de cartões emitidos por bancos russos.
Para
tentar tranquilizar seus clientes, os bancos russos anunciaram neste domingo
(6) que estavam trabalhando na emissão de cartões com a bandeira UnionPay, o
equivalente chinês de Visa e Mastercard, já que a bandeira russa Mir não
funciona em alguns países.
Contudo,
reconheceram que os russos que estão em viagem fora do país terão mais
dificuldades. "Se você está no exterior, recomendamos que saque
dinheiro em espécie", disse o Alfa Bank.
Com informações da AFP
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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