Na tentativa de barrar aumentos abusivos no preço da gasolina, o
Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) realiza, nesta
sexta-feira (11), uma fiscalização em postos de combustível da cidade de São
Paulo. As informações são de Filipe Andretta/Folha Press.
A
operação ocorre no mesmo dia em que passa a valer o mega-aumento anunciado pela
Petrobras, com reajuste de 18,8% no litro da gasolina e de 24,9% no diesel
vendido às distribuidoras. O gás de cozinha também teve reajuste nesta sexta,
de 16,1%.
Segundo
o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, o objetivo da fiscalização é
analisar a margem de lucro dos postos e coibir o aumento abusivo de preços
-prática proibida pelo Código de Defesa do Consumidor. Na quinta-feira, logo
após o anúncio da Petrobras, os postos de todo o país já começaram a subir o
preço, mesmo sem receberem o combustível mais caro.
"Esse
aumento ainda não prejudicou os fornecedores, no caso, os postos de gasolina,
porque eles estão com o combustível antigo, que eles compararam com o preço
anterior. Não há, portanto, razão para repassá-lo aos consumidores",
afirmou Capez.
Nesta
quinta-feira (10), quando a Petrobras anunciou o aumento para o dia seguinte,
longas filas foram registradas em postos de capitais como Brasília, Belo
Horizonte, Curitiba e São Paulo, além de cidades do interior. Mesmo antes de o
aumento chegar às distribuidoras, alguns estabelecimentos já subiam os preços.
José
Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro, sindicato que representa postos em
São Paulo, diz que há concorrência entre os estabelecimentos e que os
empresários têm liberdade para praticar a margem de lucro que consideram
adequada à estratégia do negócio.
De
acordo com Gouveia, postos que estão com os estoques baixos tendem a subir o preço,
porque a partir desta sexta (11) terão de renovar os tanques já com os novos
valores anunciados pela Petrobras. Desde esta quinta, o Procon-SP orienta os
consumidores a denunciarem aumentos de preço nos combustíveis que sejam
abusivos.
Pressionada
pelo avanço das cotações do petróleo com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o
reajuste de 18,8% na gasolina fará o preço médio passar de R$ 3,25 para R$ 3,86
por litro nas refinarias. Para o diesel, o aumento é ainda maior, de 24,9%. O
valor subirá quase R$ 1 por litro, de R$ 3,61 para R$ 4,51.
Com
os novos reajustes, o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras acumula
alta de 24,5% em 2022. O preço do diesel vendido pela estatal subiu 35%.
Segundo
a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), gasolina e diesel
custavam, em média, R$ 6,577 e R$ 5,668 por litro, respectivamente, na semana
entre 27 de fevereiro e 5 de março nos postos brasileiros. O preço máximo da
gasolina comum chegava a R$ 7,859.
Considerando
que a gasolina vendida pela Petrobras representa 73% da mistura vendida nos
postos --o restante é etanol anidro-- o reajuste nas refinarias terá impacto de
R$ 0,44 por litro, elevando o preço médio nacional para a casa dos R$ 7 pela
primeira vez na história.
Já
o preço médio do diesel, considerando que todas as outras parcelas se mantenham
inalteradas, chega a um valor em torno de R$ 6,40 por litro.
A
alta dos preços dos combustíveis é um dos principais fatores que vem
pressionando a inflação. O impacto preocupa o presidente Jair Bolsonaro (PL),
que deve tentar a reeleição neste ano. A alta de preços vem sendo sentida pelo
brasileiro principalmente nos preços de alimentos e combustíveis. Governo e
Congresso, no entanto, não vêm conseguindo chegar a um consenso sobre como
conter o problema.
Considerando
que a gasolina vendida pela Petrobras representa 73% da mistura vendida nos
postos --o restante é etanol anidro-- o reajuste nas refinarias terá impacto de
R$ 0,44 por litro, elevando o preço médio nacional para a casa dos R$ 7 nas
bombas pela primeira vez na história.
Já
o preço médio do diesel, considerando que todas as outras parcelas se mantenham
inalteradas, chegaria a um valor em torno de R$ 6,40 por litro. O gás de
cozinha, conhecido como GLP (gás liquefeito de petróleo), terá seu primeiro
reajuste após 152 dias. O preço médio de venda, para as distribuidoras, passará
de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16,1%.
O
preço médio final do botijão de 13 quilos, mais usado em residências, tem
permanecido estável em torno de R$ 102, nas últimas semanas. Com o reajuste da
Petrobras, poderia passar para cerca de R$ 110, caso todas os outros
componentes fiquem no mesmo patamar atual.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário