Embora haja uma articulação dos militares para evitar a troca do
general Joaquim Silva e Luna da presidência da Petrobras, oficiais não veem
risco de crise com o presidente Jair Bolsonaro, caso ela ocorra. As informações são de Fábio Zanini /FolhaPress.
Conforme
a Folha de S.Paulo informou, militares das mais altas patentes se juntaram para
conter as articulações políticas pela retirada do general. A movimentação
defensiva surgiu no final de semana após filhos do presidente publicarem
críticas contra a gestão de Silva e Luna em suas redes sociais.
Ouvidos
em reserva, generais afirmam que outros militares passaram por processos de
fritura, foram demitidos e escanteados e, em nenhum momento, houve crise em
função disso. Um deles afirma que troca em cargos políticos são naturais e que
"quem entra no baile, tem de dançar a música".
Apesar
das insatisfações, Bolsonaro segue sendo o candidato com mais identificação com
as tropas.
Os
oficiais reconhecem a mesma estratégia usada para desgastar o antecessor de
Silva e Luna, Roberto Castello Branco: criticar a política de paridade de
preços, os lucros dos acionistas e exigir a redução dos preços quando o barril
de petróleo oscila para baixo. Os ataques partem do próprio presidente Jair
Bolsonaro, que tenta se descolar da crise provocada pelos reajustes.
Os
esforços dos fardados têm sido no sentido de, pelo menos, não entregar a
Petrobras para o centrão. Políticos ligados ao ministro da Casa Civil, Ciro
Nogueira (PP-PI) viram a brecha para pressionar o presidente pela troca.
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