Conhecido
apenas por seu “nome de guerra”, Wali, um lendário atirador de elite canadense
do 22º Regimento Real respondeu ao chamado do presidente ucraniano Volodymyr
Zelensky para ajudar a Ucrânia contra
os invasores
russos. Ele ingressou na legião de voluntários e já está no front,
informaram as forças armadas locais. As informações são do site Euromaidan
Press.
Aos
40 anos, o sniper tem vasto currículo em conflitos mundo afora. Além de Iraque e Curdistão, ele já
lutou contra o Estado
Islâmico (EI) no Afeganistão, onde se
tornou uma figura quase mítica entre os militares, ao matar um inimigo que
estava localizado a uma distância de 3,4 quilômetros. O disparo certeiro de seu
rifle nesse episódio é tido como um recorde mundial.
Wali
diz que decidiu tomar partido no conflito depois de ver imagens das cidades
ucranianas em ruínas. O bombardeio
indiscriminado e as mortes de civis, segundo ele, foram os principais
fatores que o motivaram a se juntar à luta contra o exército de Vladimir Putin.
O
atirador chegou ao Leste Europeu sem armas, equipado somente com uma máscara de
gás, um traje militar comumente usado por atiradores de elite, binóculos e uma
jaqueta de combate.
Wali
está compartilhando parte de sua jornada em sua página oficial no
Facebook, The Torch and Sword (“a tocha e a espada”, em tradução
literal). Ali ele publica imagens da Ucrânia, geralmente acompanhadas de
anotações em forma de diário.
Apesar
de o Canadá ter
recomendado aos seus cidadãos que evitem viagens à Ucrânia, o governo não tem
restrições aos canadenses que desejam engrossar as tropas da Legião
Internacional. Segundo a ministra das Relações Exteriores, Mélanie Joly, a
decisão é uma “escolha individual”, e o país “apoia qualquer forma de ajuda aos
ucranianos neste momento”.
“É
como um bombeiro que ouve o alarme tocando. Eu simplesmente tinha que ir”,
justificou Wali.
Cerca
de 40 mil soldados estrangeiros já chegaram a Kiev para ingressar na Legião
Internacional de Defesa do Território. Entre eles estão mais de 500
canadenses, que ganharão uma unidade separada.
Por
que isso importa?
A
escalada de tensão entre Rússia e Ucrânia, que culminou com a efetiva invasão
russa ao país vizinho no dia 24 de fevereiro, remete à anexação da Crimeia pelos russos, em
2014, e à guerra em Donbass, que começou naquele mesmo ano e se estende até
hoje.
O
conflito armado no leste da Ucrânia opõe o governo central às forças
separatistas das autodeclaradas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, que
formam a região de Donbass e foram oficialmente reconhecidas como territórios
independentes por Moscou. Foi o suporte aos separatistas que Putin usou como
argumento para justificar a invasão, classificada por ele como uma “operação
militar especial”.
“Tomei
a decisão de uma operação militar especial”, disse Putin pouco depois das 6h de
Moscou (0h de Brasília) de 24 de fevereiro, de acordo com o site
independente The Moscow Times. Cerca de 30 minutos depois, as primeira
explosões foram ouvidas em Kiev, capital ucraniana, e logo em seguida em
Mariupol, no leste do país, segundo a agência AFP.
Desde
o início da ofensiva, as forças da Rússia caminham para tentar dominar Kiev,
que tem sido alvo de constantes bombardeios. O governo da Ucrânia e as nações
ocidentais acusam Moscou de atacar inclusive alvos
civis, como hospitais e escolas, o que pode ser caracterizado como crime de
guerra ou contra a humanidade.
Fora
do campo de batalha, o cenário é desfavorável à Rússia, que tem sido alvo de
todo tipo de sanções. Além das esperadas punições financeiras impostas pelas
principais potencias globais, que já começaram a sufocar a economia russa, o
país tem se tornado um pária global. Representantes russos têm sido proibidos
de participar de grandes eventos em setores como esporte, cinema
e música.
De
acordo com o presidente dos EUA, Joe Biden, as punições tendem a aumentar o
isolamento da Rússia no mundo. “Ele não tem ideia do que está por vir”, disse o
líder norte-americano, referindo-se ao presidente russo Vladimir Putin. “Putin
está agora mais isolado do mundo do que jamais esteve”.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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