O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) com 42 brasileiros
resgatados da guerra na Ucrânia, e que estavam na Polônia, chegou ao Brasil
nesta quinta-feira (10), quando pousou no Recife (PE) às 6h44 para os
resgatados tomarem café da manhã, e já decolou , às 9h35, em direção a
Brasília. Os militares também viajam com 20 ucranianos, cinco argentinos e um
colombiano, incluindo 14 crianças, oito cachorros e dois gatos. As informações são da Folha Press.
A
aeronave KC-390 Millennium deve chegar em Brasília, na Base Aérea, às 12h15.
Eles se encontrarão com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Também
chegou ao Brasil, por volta das 5h20, uma outra aeronave, Legacy, com 11
passageiros e cinco tripulantes. Nela, foram resgatadas uma grávida e duas
famílias com crianças de colo.
Segundo
o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), caso alguém teste positivo para a
covid 19, "será encaminhado diretamente para um hotel onde cumprirá a
quarentena".
"Com
o apoio das companhias aéreas brasileiras, vamos levar cada passageiro de volta
para casa, até o seu destino final", postou Nogueira.
No
voo de ida foram transportadas 11,6 toneladas de doação para a Ucrânia, que
incluem cerca de 9 toneladas de alimentos desidratados de alto teor nutritivo,
o equivalente a cerca de 360 mil refeições; 50 purificadores de água, com
capacidade por volta de 300 mil litros de água por dia; meia tonelada de
insumos essenciais e itens médicos.
Segundo
o Ministério da Saúde, entre os materiais enviados, estão medicamentos para
assistência farmacêutica básica para pessoas com doenças como hipertensão e
diabetes, antibióticos, antitérmicos, antialérgicos, sais de reidratação e
insumos para situações de emergência, máscaras de proteção e testes para
detecção da covid-19. No total, são cerca de 20 mil itens médicos para
assistência às vítimas.
O
KC-390 é o maior avião militar desenvolvido e fabricado no hemisfério sul e um
dos projetos estratégicos da Defesa. A aeronave já foi empregada em outras
missões especiais de ajuda humanitária, como no Líbano (2020) e no Haiti
(2021).
POSTURA
DO ITAMARATY É CRITICADA
A
missão do governo federal para repatriação de brasileiros que fugiram da guerra
da Ucrânia acontece depois de muita pressão por um plano de resgate. Muitos
decidiram não esperar a ajuda oficial e conseguiram retornar ao Brasil depois
de muitos percalços.
O
governo brasileiro também tem sido alvo de críticas por não ter calculado ou
alertado os brasileiros que residiam na Ucrânia sobre a possibilidade de
guerra. No dia 14 de fevereiro, o embaixador do Brasil na Ucrânia, Norton
Rapesta, afirmou em entrevista ao UOL News, que a situação era de "plena
normalidade" no país e que não acreditava que haveria uma guerra. A
invasão russa aconteceu dez dias depois.
O
coordenador da força-tarefa de resgate na guerra da Ucrânia negou que tenha
havido demora do Itamaraty para agir. "Nós agimos imediatamente, assim que
o conflito eclodiu a força-tarefa foi criada e veio imediatamente para cá, e as
nossas embaixadas já estavam atuando. Não houve demora", declarou Sousa à
Globonews.
O
presidente Jair Bolsonaro (PL) defende uma postura de neutralidade desde o
início do conflito. Pouco antes da invasão da Ucrânia, Bolsonaro esteve em
Moscou com o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir principalmente o
fluxo comercial de fertilizantes, segundo o governo. O Brasil importa parte
significativa desses insumos da Rússia.
Para ler mais acesse, www: professortacianomedrado.com
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