NOTÍCIAS DA GUERRA: Novo carregamento de armas americanas começa a chegar à fronteira ucraniana

© JUNG YEON-JE (Arquivo) Soldados americanos diparam com canhões M777 Howitzer de 155 mm durante exercícios militares na Coreia do Sul, em 15 de março de 2010

Os novos envios de armas dos Estados Unidos começaram a chegar às fronteiras da Ucrânia para serem entregues ao exército deste país, assinalou nesta segunda-feira (18) um alto funcionário do Pentágono.

"Quatro voos chegaram dos Estados Unidos ontem à região, com diversos equipamentos", anunciou o funcionário, que pediu anonimato, ao acrescentar que um quinto voo deve chegar nas próximas 24 horas. 

Na última quarta-feira, Joe Biden anunciou uma nova ajuda militar de 800 milhões de dólares para a Ucrânia.

Além disso, militares americanos mobilizados no front oriental da Otan desde o início da invasão russa começarão, "nos próximos dias", a formar militares ucranianos na operação de canhões M777 Howitzer, as peças de artilharia de última geração que os Estados Unidos entregaram pela primeira vez ao exército ucraniano.

Apesar de a operação do equipamento não ser muito distinta do que o exército ucraniano já está acostumado, esses canhões utilizam projéteis de 155 mm, os mesmos utilizados pelos países da Otan, enquanto a Ucrânia apenas dispunha de projéteis de 152 mm, fabricados pela Rússia.

Por sua vez, as forças russas começam a sentir o efeito das sanções em seu fornecimento de armas, em particular os mísseis guiados, segundo o alto funcionário do Departamento de Defesa americano.

As sanções "tiveram efeito sobre a capacidade de [o presidente russo, Vladimir] Putin para reabastecer e reequipar, em particular no que diz respeito aos componentes de seus sistemas e mísseis teleguiados com precisão", afirmou.

Por outro lado, "sabemos que [os russos] se esforçam para se reequipar com sua própria indústria de defesa e se preguntam em qual velocidade e em qual grau podem acelerar a produção de armamentos", acrescentou. "As sanções têm efeito sobre suas capacidades para fazer isso."

As armas mais modernas usam chips eletrônicos cujos principais produtores são Taiwan e Coreia do Sul, dois aliados dos Estados Unidos que deixaram de exportar esses produtos à Rússia, em linha com as sanções decretadas contra Moscou pela invasão da Ucrânia.

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