Foto: Sergio Moraes/Reuters
A
diretoria da Petrobras discute ainda na tarde de hoje (17) uma proposta feita
por um conselheiro de administração que consiste no congelamento de preços de
combustíveis pela empresa por 45 dias, além da formação de um grupo de trabalho
com representantes da companhia, mercado e governo, em busca de uma nova
fórmula de reajuste, segundo três fontes com conhecimento do assunto. As informações são da Reuters.
A
proposta de autoria do conselheiro Francisco Petros foi encaminhada ao
presidente da estatal e aos ministros das Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e
da Casa Civil, Ciro Nogueira, conforme informou mais cedo o jornal Valor
Econômico.
Nos
45 dias de prazo, haveria tempo para a Petrobras tentar convencer o governo a
implantar um programa de subsídio a combustíveis, como forma de amenizar os
reajustes aos consumidores, segundo uma das fontes. Isso permitiria que a
empresa seguisse preços de mercado.
Como
contrapartida ao congelamento temporário dos preços, a União se comprometeria a
manter a atual governança da companhia com a retirada tanto das indicações do
secretário de desestatização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade,
para substituir o presidente José Mauro Coelho, quanto aquelas dos conselheiros
que representam o acionista controlador, disse o jornal em sua edição online.
Uma
das fontes que confirmou à Reuters a reunião disse considerar difícil o governo
voltar atrás nas indicações do novo presidente, assim como dos novos
conselheiros.
Hoje
(17), após o anúncio de reajuste dos preços do diesel e gasolina pela
Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro voltou a expressar descontentamento com
a direção da companhia.
Ele
chamou de “traição” o novo reajuste dos combustíveis e afirmou que já conversou
com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para articular a criação de
uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o conselho da
estatal petrolífera.
Lira
pediu a renúncia imediata do presidente da Petrobras, dizendo que líderes
parlamentares discutirão a possibilidade de dobrar a taxação dos lucros da
estatal.
Procurado,
o Ministério de Minas e Energia não comentou assunto imediatamente.
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