Foto reprodução
A
ararinha-azul voou pela primeira vez depois de mais de 20 anos em seu habitat
natural no Brasil
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Soltura dos primeiros oito pássaros – Mais 12 serão soltas durante o ano
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Cientistas e criadores aumentaram a população de ararinhas-azuis de 55 em 2000
para 261 animais saudáveis.
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A Association for te Conservation of Threatend Parrots (ACTP) teve papel
fundamental no processo
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Projeto de Soltura da Ararinha Azul: sucesso simbólico para a conservação de
animais selvagens e a oportunidade significativa para animais e humanos
Berlim/Caatinga,
11 de junho de 2022. Cientistas e criadores de papagaios de todo o mundo
trabalham para este dia há décadas: A Ararinha-azul , extinta da natureza há
mais de 20 anos, agora voa novamente em seu habitat natural no Brasil, um
projeto único e simbólico para a conservação da vida selvagem. Há 10 anos, o
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) criou o “Plano
de Ação da Ararinha-azul” com o objetivo de aumentar a população em
cativeiro do animal, restaurar seu habitat natural e assim, reintroduzi-los na
natureza.
Para
isso, toda a população legalizada das ararinhas-azuis foi reunida em um moderno
criadouro de conservação de fauna da Association for the Conservation of
Threatened Parrots (ACTP) em Berlim, na Alemanha.
Marcos
Venancio, Diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do
ICMBio explicou que “a população de ararinhas-azuis em cativeiro era de somente
5% no território nacional e 89% mantidas na ACTP, na Alemanha. Portanto, tivemos
um interesse mútuo em reunir esforços para repatriar as ararinhas e trazê-las
de volta ao seu habitat natural no Brasil, resultando em um acordo de
cooperação técnica entre o ICMBio e a ACTP em 2019’’, disse.
Com
o apoio de vários parceiros, o Projeto de Soltura da Ararinha-azul evoluiu para
um bem-sucedido programa de conservação da vida selvagem. Com um grupo
ambicioso de trabalho, o que era praticamente impossível foi realizado: de uma
pequena população de 55 ararinhas-azuis em 2000, o número aumentou para 261
araras saudáveis. Em março de 2020, as ararinhas-azuis foram trazidas para um
local construído pela ACTP e seus parceiros especialmente para o projeto, as
Unidades de Conservação, próximas à cidade de Curaçá, na caatinga do Sertão
Baiano. Há dois anos, o governo brasileiro declarou o local como área de
proteção ambiental.
Desde
então, algumas araras foram preparadas para serem soltas na natureza. Neste
sábado (11), isso finalmente aconteceu: as primeiras oito ararinhas-azuis foram
soltas do viveiro onde viviam para voarem pela primeira vez nos céus da
Caatinga brasileira.
Mais
12 ararinhas-azuis serão soltas neste ano – um momento em que os habitantes da
Caatinga anseiam com grande expectativa. Um sonho que virou realidade
para o Dr. Cromwell Purchase, diretor da ACTP no Brasil. “Depois de anos dando
tudo por este projeto, nós finalmente demos o pontapé inicial para que possamos
ouvir o canto das ararinhas-azuis ecoando novamente na Caatinga”, declarou.
O
termo de cooperação técnica internacional é, em longo prazo, uma excelente
oportunidade para pessoas e animais. O Projeto de Soltura da Ararinha Azul
promove o repovoamento das ararinhas e de inúmeros outros habitantes na área,
além de representar somente uma parte de um programa da biodiversidade e da
agricultura familiar das comunidades. Cerca de 7.500 crianças de escolas da
localidade foram ensinadas sobre o projeto e orientadas para defenderem a vida
selvagem e o ecoturismo. Diversas entidades de proteção e associações não
governamentais também trabalharam com as comunidades. Os moradores de Curaçá
estão motivados e preparados para a reintrodução das ararinhas na natureza.
Eles não querem perder novamente as ararinhas e defendem o projeto com muito amor.
"Foi
um caminho árduo para chegarmos até aqui e isso não seria possível se não
fosse o excelente trabalho da ACTP e o apoio de todos os parceiros. Ver o
quanto as pessoas do Brasil estão animadas com o retorno da sua arara-azul ,
sua gratidão e apreço pelo nosso trabalho é muito significativo pra mim”,
declarou o diretor da ACTP Alemanha, Martin Guth.
Mais
informações sobre a Ararinha-azul:
A
ararinha-azul ficou conhecida após aparecer no filme “Rio”. O animal foi
descoberto há cerca de 200 anos pelo ambientalista alemão Johann Baptist von
Spix. O habitat natural delas é a Caatinga baiana, localizada na cidade de
Curaçá, norte da Bahia. Hoje, a ararinha-azul é uma das aves mais raras do
mundo. Sua coloração azul fez com que ela se tornasse um alvo para o
tráfico animal no passado. Aliada a destruição do habitat natural pelos homens,
a população das ararinhas foi caindo drasticamente nas décadas de 80 e 90. Em
1990, somente um animal vivia na natureza. Dez anos depois, a espécie foi
declarada oficialmente extinta pela International Union for Conservation of
Nature (IUCN). Somente um pequeno número de aves sobreviveram em propriedades
privadas e a reprodução destes animais parecia impossível, uma vez que as
dificuldades de manter uma diversidade genética neste pequeno grupo era
enorme.
Mais
informações: spixs-macaw.org
Sobre
a ACTP
A
Association for the Conservation of Threatened Parrots e.V. (ACTP) é uma
associação não-govvernamental. Foi fundada em 2006 em Berlim e se dedica à
preservação e proteção de populações de papagaios em perigo em seus habitats.
Em 2008, a associação recebeu a primeira ararinha-azul em Berlim.
Sobre
a ICMBio: Instituto responsável por programas de conservação da Biodiversidade
no Brasil e coordena o Plano de Ação da Arara-Azul.
Contatos:
ACTP: press@act-parrots.eu
ICMBIO: comunicacao@icmbio.gov.br
Video
material: https://vimeo.com/act
Foto
da ararinha-azul: Tim Flatch
Fotos
da coletiva de imprensa: Adriel Duarte
Vídeo
do momento da soltura no link abaixo: ACTP
https://drive.google.com/file/d/1krR7UqFQcN8e971_ThJng7PRSpv6QATS/view?usp=sharing
Karem
Moraes
Jornalista | Social Media
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