O
Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (22/7) que
vetou a entrada do ex-presidente paraguaio Horacio Cartes no país. Segundo o
governo americano, Cartes obstruiu uma importante investigação sobre um crime
internacional para proteger a si mesmo de um julgamento e de danos políticos.
No
comunicado, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken,
afirmou que as ações do ex-presidente "minaram a estabilidade das
instituições democráticas do Paraguai ao contribuir para a percepção pública de
corrupção e impunidade no gabinete do presidente".
Cartes
também teve problemas com a Justiça do Brasil. Em 2019, o juiz Marcelo Bretas,
da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, expediu um mandado de prisão
contra o ex-presidente do Paraguai e outros 19 investigados nos dois países.
Cartes,
que governou o Paraguai entre 2013 e 2018, foi acusado de ter ocultado seu
patrimônio por meio do doleiro Dario Messer, preso no final de julho de 2019.
O
mandado de prisão foi cassado por decisão do ministro Rogério Schietti Cruz, do
Superior Tribunal de Justiça. Na época, o ministro argumentou que a ordem
de prisão se baseou em "argumentação e narrativa genéricas".
A
detenção havia sido decretada porque Cartes recebeu de Messer uma carta pedindo
US$ 500 mil para pagar sua defesa no Paraguai. "A carta e as mensagens do
celular não expõem que Horácio Manuel Cartes Jara se estruturou com outras
pessoas com o intuito de, em divisão de tarefas, sob um comando específico,
praticar atividades ilícitas que em algum momento, mesmo iniciadas ou
finalizadas no Paraguai, alcançaram o Brasil", escreveu Schietti na
decisão.
O magistrado disse também que o auxílio a foragido do Paraguai por cidadão estrangeiro não atrai a aplicação da lei e da jurisdição brasileiras.
Com informações da Revista Consultor Jurídico
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