crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
O
presidente Jair Bolsonaro começou a penúltima semana de campanha em Brasília,
com manifestações de apoio de artistas, políticos, empresários e católicos. Os
primeiros encontros ocorreram no início da tarde. À noite, o candidato à reeleição foi homenageado em jantar promovido por
empresários e participou de um evento católico no ginásio Nilson
Nelson.
O
encontro entre Bolsonaro e os artistas contou com a participação de Gusttavo
Lima, Chitãozinho, Zezé Di Camargo, Leonardo, Sula Miranda e Fernando (dupla de
Sorocaba). O candidato à reeleição disse que o apoio das celebridades
sertanejas lhe dá "certeza" de que vai virar o jogo contra Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). No primeiro turno, Bolsonaro obteve cerca de 6
milhões de votos a menos que o petista.
"A
opção nossa é pelo não retorno ao passado. Queremos liberdade, democracia,
defesa da família e defesa da criança na sala de aula. Lutamos por um país
melhor para todos nós. Quem comanda o Brasil comanda para os 220 milhões, sem
divisão", disse. "A presença dos senhores e senhoras [artistas
sertanejos] nos orgulha e nos dá a certeza da virada", completou o
presidente.
Antes
da reunião, Bolsonaro concedeu entrevista coletiva ao lado de Gusttavo Lima e
Leonardo. O presidente fez acenos ao agronegócio e falou sobre temas como livre
mercado e "não-regulamentação", além de pautas como segurança pública
e questões de gênero.
"Para
pacificar o campo, titulamos mais de 420 mil assentados. Onde tinha foco do
MST, nós deixamos fora, com a titulação. Mais ainda, essas pessoas se
transformaram em agricultores familiares de verdade, tiveram acesso a Banco do
Brasil, Caixa Econômica. Mais ainda, nosso público é um público cristão, da
família, não quer ideologia de gênero, não quer liberar drogas, respeita a vida
desde a sua concepção, respeita a propriedade privada, somos contra
invasões", disse Bolsonaro.
O
candidato à reeleição ainda comentou sobre indicadores econômicos. Citou o
perfil conservador do Congresso, um indicativo de que o governo poderá avançar
com pautas na área de segurança pública, como a redução da maioridade penal.
"Os
números da economia do Brasil demonstram que o desemprego reduziu, PIB
crescendo; temos excelente política externa, como pode ser visto no mundo
árabe, asiáticos, América do Norte e aqui também na América do Sul, com
raríssimas exceções. O Brasil está pavimentado para o futuro de verdade. Um
Congresso que foi para centro direita, que tem tudo para aprovar tudo aquilo
que interessa para o povo brasileiro, até as pautas voltadas para segurança
pública. Tenho certeza que vamos aprovar a redução da maioridade penal",
afirmou Bolsonaro.
Os
cantores sertanejos também se manifestaram. E não se constrangeram em repetir
fake news de bolsonaristas. Leonardo, por exemplo, repetiu notícia falsa de que
o "outro lado" quer fechar igrejas. O próprio Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) mandou retirar do ar propaganda que liga Lula a perseguição de
cristãos.
"Eu
sou contra várias coisas que estão pregando por aí do outro lado sobre
religião. Ela existe, o cristianismo, o evangelho, o espiritismo, a gente tem
que respeitar a religião. falar em fechar igreja, fechar templos é totalmente
negativo para imagem do nosso país", disse Leonardo.
O
artista comentou, ainda sobre o segundo turno. E criticou os eleitores
"isentões". "Em nome da música sertaneja, estou pedindo a meus
seguidores que dia 30 é Jair Messias Bolsonaro na cabeça. Vocês têm que enxergar
tudo. O pior cego é que não quer ver. Vocês isentões, covardes. Sai de casa,
leva seu vizinho, seu amigo. Porque foram 30 milhões de votos de abstenção. É
trouxa deixar os outros escolher seu presidente. Já escolhi o meu no primeiro
turno e já tá escolhido de novo", afirmou Leonardo.
O
cantor comentou, ainda, sobre a vacinação da covid-19, tema incômodo para a
campanha de Bolsonaro. "Hoje o Brasil está entre os países mais produtivos
do mundo, é a décima economia do mundo. Teve guerra na Ucrânia, teve pandemia,
porque tem gente que acha que pandemia só teve no Brasil. É bom desinformado
saber que isso teve no mundo todo. Teve país que nem aplicou vacina. Eu mesmo
tomei três doses", disse o cantor.
Já
Gusttavo Lima afirmou que apoia Bolsonaro por "idealismo" da família
e pelo futuro dos filhos. "O apoio ao presidente Jair Messias Bolsonaro é
sobre isso, idealismo da família, dos filhos. Acho que essa campanha relata
mais do que tudo o que a gente está vivendo hoje. Não é sobre nós, sobre 'eu';
é sobre minha esposa, é sobre o futuro dos nossos nossos filhos. É sobre o
agro, sobre as pessoas do interior, as pessoas que colocam comida na mesa de
cada brasileiro", disse o artista.
O
cantor Chitãozinho afirmou que acompanha o presidente Bolsonaro desde o primeiro
mandato. Na avaliação dele, o atual governo "consertou o Brasil",
mesmo com a pandemia. Argumentou que, na prática, a atual gestão teve apenas
dois anos de mandato. Durante a transmissão da reunião, Zezé di Camargo disse
que é preciso "explicar o que é a esquerda", ao relacionar os
adversários a ditaduras. Todos
Além
dos artistas, Bolsonaro estava acompanhado do atual ministro da economia, Paulo
Guedes, do apresentador Ratinho e também do governador reeleito do Goiás,
Ronaldo Caiado (União Brasil).
Ratinho,
apresentador do SBT, criticou os apoiadores do ex-presidente Lula (PT).
"Eu estou vendo o seguinte: de um lado a verdade, um povo bem brasileiro,
bem verde e amarelo, e do outro um monte de mentiras", criticou.
Ainda
no Alvorada, o presidente recebeu a visita do governador reeleito de Tocantins,
Wanderlei Barbosa (Republicanos), ex-senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) e o
ex-governador João Agripino Maia (União-RN). Os três manifestaram apoio à
reeleição do presidente.
Com informações do Correio Brasiliense
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