Venezuela é comandada por Nicolás Maduro - foto reprodução
O Colégio Nacional de Jornalistas da Venezuela (CNP) denunciou neste sábado, 15, o fechamento de 46 estações de rádio em sete estados do país, retiradas do ar pelo regulador de telecomunicações nos últimos quatro meses. A secretária-geral do CNP, Delvalle Canelón, explicou que os fechamentos estão ocorrendo desde julho pela Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel), que não apenas ordena que as emissoras saiam do ar, assegurou, mas também “apreende os equipamentos de transmissão” dessas plataformas, ação que qualificou como “roubo”. Ela explicou que os fechamentos dos registados até agora ocorreram nos estados de Zulia (19), Cojedes (14), Sucre (4), Yaracuy (3), Portuguesa (2), Carabobo (2) e Barinas (2). “Estamos preocupados porque isso representa um novo ataque do governo à sua chamada hegemonia da comunicação, que está cada vez mais se aproximando dos poucos meios de comunicação restantes”, disse.
Canelón
destacou que a entidade reguladora negou a essas estações a licença para operar
regularmente, apesar de terem apresentado a documentação necessária para esse
fim em várias ocasiões. Acrescentou que nos últimos meses ordenou também a
retirada do ar de programas de informação radiofônica que transmitem
comentários ou fazem queixas da comunidade “que vão além daquilo do que eles (o
Estado) consideram ser liberdade de expressão”. Em sua conta no Twitter, o CNP
denunciou que esses eventos “contribuem para a política de censura promovida
pelo Estado venezuelano” que coloca o país e seus cidadãos no “maior limiar do
obscurantismo da informação”.
O
sindicato dos jornalistas lembrou que informar não pode representar um crime e
que a liberdade de informação e expressão são direitos humanos garantidos na
Constituição venezuelana. No dia 12 de agosto, o Sindicato Nacional dos
Trabalhadores da Imprensa (SNTP) pediu ao Provedor de Justiça que mediasse para
que “cesse “o ataque contra as rádios e outros meios de comunicação” no estado
de Cojedes, onde seis estações foram retiradas do ar pelo regulador de
telecomunicações em julho.
*Texto da JP News, com
informações da EFE/
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