Deputado federal André Janones (Avante-MG) coordenador digital da campanha de Lula
Da Redação
O
ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e corregedor-geral da Justiça
Eleitoral Benedito Gonçalves, deu três dias ao deputado federal André Janones
(Avante-MG) para que ele se manifeste sobre os motivos de usar
fake news para atacar o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à
reeleição.
A
campanha de Bolsonaro recorreu ao tribunal para reclamar que Janones tem usado
as redes sociais "para realizar deliberada e constante difusão de
conteúdos falsos ou gravemente descontextualizados contra o candidato à
reeleição Jair Messias Bolsonaro, com o propósito de favorecer a campanha dos
demais investigados por meios sabidamente ilícitos".
Janones
integra a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que
disputará o segundo turno contra Bolsonaro, e passou a usar mentiras contra a
candidatura de Bolsonaro. O TSE já mandou o deputado excluir diversas
publicações de suas redes por ele divulgar conteúdos inverídicos.
Em
uma das postagens, por exemplo, Janones associou Bolsonaro e o PL com atuação
direta para a suspensão da lei do piso salarial nacional para profissionais de
enfermagem. Na verdade, a decisão foi uma medida do Supremo Tribunal Federal
(STF).
Ao
determinar a manifestação de Janones sobre o uso de notícias falsas contra
Bolsonaro, Gonçalves destacou que "pelo que se apresenta já nessa
fase inicial e ante fatos notórios, constata-se que há deliberado propósito de
Janones, que sabidamente tem atuado na campanha de Lula, de se valer de um tipo
de comunicação de elevada beligerância".
"Não
há dúvidas de que a narrativa, em tese, é passível de se amoldar à figura
típica do uso indevido de meios de comunicação social, havendo elementos
suficientes para autorizar a apuração dos fatos e de sua gravidade",
destacou o ministro do TSE.
"Sem
perder de vista as condições de exercício legítimo da liberdade de opinião no
contexto do pleito de 2022, é premente, em defesa na normalidade eleitoral,
firmar balizas para o uso da internet por candidatos e apoiadores com vistas à
redução da “desordem informacional” nas eleições", acrescentou Gonçalves.
Além
de cobrar um posicionamento de Janones, o ministro pediu a Lula e ao candidato
a vice dele, Geraldo Alckmin (PSB), que apresentem defesa em até cinco dias.
Com informações do R7
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