Da
redação
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, decidiu lançar o senador eleito Rogério Marinho (RN) na disputa pela presidência do Senado contra Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e apoiar novo mandato para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). As eleições no Congresso estão marcadas para 1.º de fevereiro de 2023. As informações são de Daniel Weterman e Lauriberto Pompeu/Estadão
O
acordo foi selado durante jantar em Brasília, na noite desta terça-feira, 29,
promovido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, com a presença de
Bolsonaro, Lira e parlamentares do partido. Desde a derrota para Luiz Inácio
Lula da Silva, em 30 de outubro, Bolsonaro tem ficado a maior parte do tempo
isolado. Foi ao Rio no sábado, onde participou de cerimônia promovida pela
Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, mas ainda não havia saído à noite.
O
encontro reuniu deputados e senadores que têm mandato atualmente e também um
grupo que tomará posse em fevereiro. O jantar foi organizado para 150 pessoas,
com bacalhau no cardápio, em um restaurante que fica de frente para o Lago
Paranoá, no Lago Sul, região nobre da capital federal.
Bolsonaro
chegou ao lado de Costa Neto e do general Braga Netto, que foi vice em sua
chapa. Ficou no local durante uma hora. Lira entrou logo depois.
O
presidente foi anunciado por um locutor e aplaudido pelos parlamentares, mas
não discursou na reunião, que era fechada e restrita a nomes na lista. O
governador do Rio, Claudio Castro (PL), também estava ali. Ao não falar,
Bolsonaro frustrou parlamentares do PL de primeira viagem, que aguardavam um
pronunciamento dele na ocasião.
Nos
bastidores, integrantes do partido relataram que ele “chegou mudo e saiu
calado”. Apenas conversou individualmente com colegas de partido e foi
confirmado como presidente de honra do PL, cargo que ocupará quando deixar a
Presidência. Coube a Costa Neto cumprimentar os eleitos. Deputados e senadores
disseram, sob reserva, que Bolsonaro não demonstrou animação.
O
jantar ocorreu um dia depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter bloqueado R$ 13,6
milhões das contas do PL. A Justiça impôs uma multa à legenda por
litigância de má-fé, na esteira da ação que questionou as urnas eletrônicas
pedindo a anulação de parte dos votos contabilizados no segundo turno das
eleições.
A
reunião também serviu para dirigentes do partido sinalizarem que o presidente
tem de aceitar a derrota e as regras do jogo democrático. Ao mesmo tempo, teve
o papel de motivá-lo a fazer um discurso para apoiadores mais radicais. “Ele
está bem, está animado. Se levantou. Passou o baque”, disse Costa Neto a
jornalistas, contrariando a avaliação feita por colegas de partido.
À saída do restaurante, o presidente do PL foi abordado por apoiadores de Bolsonaro, que lhe perguntaram se o grupo iria “ganhar nos quartéis”. “Tem muita chance. Bolsonaro não falou nada, ele vai falar. Ele vai animar vocês lá”, respondeu Costa Neto.
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