Da Redação
O
presidente do Partido Novo, Eduardo
Ribeiro, afirmou que a legenda fará oposição ao Lulapetista, porém não descartou a possibilidade de
diálogo com o novo governo.
Eduardo
Ribeiro disse, em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta 6ª
feira (11.nov.2022), que “é difícil falar que não vai haver diálogo [com
Lula] porque parece que você está fazendo uma oposição sistemática”.
Segundo ele, caso o petista proponha “projetos alinhados ao que o Novo
pensa”, como um modelo específico de reforma tributária, a sigla irá trabalhar
junto ao governo eleito.
“O
Novo já se colocou como oposição, deixando claro que não é uma posição
sistemática, é uma oposição programática. Dado que o PT é muito diferente do
Novo, a tendência é discordarmos de muita coisa. Só que evidentemente se vier
algo que concordemos, não vamos fazer oposição, vamos ajudar a aprovar, porque
o Brasil está acima de qualquer diferença”, afirmou Ribeiro.
O
presidente do Novo também comentou a respeito da suspensão da filiação de João
Amoêdo, candidato à Presidência da República pelo partido em 2018.
Amoêdo declarou voto em Lula no 2º turno das eleições.
“O
João se afastou muito do partido”, afirmou Ribeiro. “Esperava-se um
voto nulo ou algo do tipo. Pegou muita gente de surpresa. Mas certamente foi a
gota d’água de um conjunto da obra. Esse desgaste não é de agora, é lá de
trás”.
Apesar
de o partido ter liberado os seus filiados, posicionou-se contra o PT
na corrida presidencial.
DESEMPENHO
NAS ELEIÇÕES DE 2022
Na
entrevista, o presidente do Novo ainda falou sobre o fraco desempenho do
partido nas eleições de 2022. A sigla elegeu só 3 deputados e reelegeu o governador Romeu
Zema, em Minas Gerais.
“Não
fomos bem no Legislativo. Tínhamos uma expectativa de crescer as bancadas
estaduais e a federal. Não foi o que aconteceu”, disse Ribeiro. Ele afirmou que
os candidatos do Novo foram “vítimas da polarização”.
“Todos
os partidos que optaram por não entrar na polarização logo no primeiro turno
sofreram do mesmo mal. Agora é trabalhar para reconstruir as bases. Eu atribuo
também como um erro estratégico do partido no passado de não ter expandido nas
eleições municipais de 2020. Acabamos ficando sem base.”
Por
conta do desempenho nas eleições de 2022, a legenda não cumpriu a cláusula de desempenho. Portanto, o Novo não terá acesso a uma cota dos recursos do Fundo Partidário,
além de perder tempo de televisão e o espaço nos debates eleitorais. Apesar do
cenário desfavorável, Eduardo Ribeiro descartou a possibilidade de uma fusão
partidária com outras legendas.
Outros
partidos que também não atingiram a cláusula de desempenho, como o PTB (Partido
Trabalhista Brasileiro) e o Patriota, anunciaram uma fusão partidária.
Fonte: Poder 360
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