Da
redação
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) teve sua última reunião nesta quinta-feira (17) no Egito e deixará Sharm
el-Sheikh sem dar explicações sobre ter viajado à COP27 no jato do empresário
José Seripieri Filho, conhecido como Júnior, fundador da Qualicorp e dono da
QSaúde.
A
assessoria de Lula não confirma quando ele deverá deixar o Egito e seguir para
Portugal.
A
última reunião de Lula ocorreu na noite egípcia com a ministra alemã das
relações exteriores Annalena Baerbock.
Uma
entrevista coletiva de Lula chegou a ser agendada para esta quinta, mas foi
cancelada em cima da hora. Segundo a assessoria, a coletiva foi cancelada
porque a agenda estava toda atrasada.
No
mesmo dia, Lula teve reuniões com representantes da sociedade civil brasileira,
com o secretário-geral da ONU António Guterres e com o Espen Barth Eide,
ministro norueguês do Clima. O presidente eleito também teve uma reunião com
representantes de povos indígenas.
Aliados
de Lula reconhecem desgaste com favores de empresários aceitos pelo petista
após as eleições, mas saem em defesa do presidente eleito sob a alegação de que
não há desvio ético nem ilegalidade jurídica.
O
constrangimento é exposto pela necessidade de ter que dar explicações públicas
e pelas críticas de opositores, embora auxiliares de Lula digam ser uma
"crise artificial".
A
fonte de desconforto está nessa viagem de Lula à COP27. O petista embarcou na
segunda-feira (14) para participar da conferência da ONU sobre mudanças
climáticas.
Como
revelou a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, a aeronave em que viaja
Lula é do modelo Gulfstream, com capacidade para transportar 12 pessoas e
autonomia para voar direto ao país africano.
Lula
e Seripieri são amigos há cerca de dez anos. Durante a campanha eleitoral deste
ano, o empresário foi um dos primeiros com quem o petista concordou em se
reunir para tratar de suas propostas de governo.
O
empresário firmou acordo de delação com o Ministério Público em 2020 e
confessou o crime eleitoral de caixa dois em um caso envolvendo o senador
tucano José Serra (SP).
Seripieri
Filho ficou preso por três dias em julho de 2020 em decorrência da Operação
Paralelo 23, que investigou pagamentos para a campanha de Serra ao Senado em
2014.
Ele
se tornou réu acusado de corrupção, lavagem e caixa dois na Justiça Eleitoral
de São Paulo. O senador também responde ao processo. A investigação ocorreu no
âmbito de um conjunto de inquéritos apelidado de "Lava Jato
Eleitoral", por envolver desdobramentos de delações enviados a esse braço
do Judiciário.
No
fim de 2020, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso
homologou acordo de colaboração de Seripieri firmado com a Procuradoria-Geral
da República. O compromisso previa o pagamento de R$ 200 milhões pelo
empresário como ressarcimento aos cofres públicos.
Os termos do acordo, assim como detalhes dos depoimentos, permanecem sigilosos até hoje.
Com informações do FolhaPress-direto de Sharm
EL-Sheikh, EGITO
Para
ler a matéria na íntegra acesse nosso link na pagina principal do Instagram.
www: professsortaciano medrado.com e Ajude a aumentar a
nossa comunidade.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios podem ser removidos sem prévia notificação.
Postar um comentário