Da
Redação
A
Jovem Pan perdeu uma de suas maiores fontes de renda. Por iniciativa própria, o
YouTube decidiu desmonetizar todos os canais do grupo jornalístico mantidos em
sua plataforma de vídeos. As informações são do portal Pipoca Moderna.
A
decisão foi tomada após a empresa ter identificado vários conteúdos em
desacordo com sua política de conteúdo, e após vários avisos e punições
anteriores.
Em
comunicado, o YouTube destacou o canal do programa “Os Pingos nos Is” como
principal responsável pela medida drástica.
“O
canal ‘Os Pingos nos Is’ incorreu em repetidas violações das nossas políticas
contra desinformação em eleições e nossas diretrizes de conteúdo adequado para
publicidade, incluindo as relacionadas a questões polêmicas e eventos
sensíveis, atos perigosos ou nocivos, além de outras políticas de monetização.
Desta forma, suspendemos a monetização do respectivo canal e dos outros que
integram a rede Jovem Pan no YouTube, de acordo com nossas regras”, diz o texto
da assessoria de imprensa da plaforma.
Ainda
de acordo com o YouTube, todo criador de conteúdo que tenha sofrido alguma
punição tem o direito a contestação.
“Pelas
diretrizes, toda punição pode ser contestada e reavaliada, mas a decisão do
YouTube é soberana”, completa o anúncio.
Com
isso, a “desobediência civil” dos extremistas da empresa vai sair do bolso de
Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, dono do grupo Jovem Pan.
Após
a derrota de Bolsonaro nas eleições, Tutinha promoveu a demissão de alguns nomes mais identificados com o bolsonarismo,
afirmando numa reunião interna, segundo o Painel da Folha de S. Paulo,
que “a desobediência civil não sairá do meu bolso”. Na ocasião,
ele se referia à multas da Justiça, que ameaçavam punir a empresa pela prática
de desinformação.
Apesar
desses cortes, a informação vazada era que o grupo continuaria o tom
direitista, mas deveria moderar a linha editorial, fazendo uma cobertura
crítica do novo governo. Entretanto, em vez de moderação houve radicalização
ainda maior.
Na
prática, os jornalistas que chamaram atenção dos extremistas mais radicalizados
da Jovem Pan foram demitidos, casos de Leonardo Grandini e Cesar Calejon, que
tiveram as cabeças pedidas publicamente pelo bolsonarista Rodrigo
Constantino.
“Espero
que estejam entendendo quem dá audiência”, disse Constantino em sua ameaça,
publicada num vídeo no YouTube, em que exigiu as demissões para continuar na
Jovem Pan. Agora, a empresa pode entender quem é que dá prejuízo.
Vale
apontar que os radicais demitidos da Jovem Pan já se abrigaram em outro canal
do YouTube, da revista Oeste, que sonha em se tornar a maior referência da
extrema direita no Brasil. Curiosamente, essa equipe é formada justamente por
ex-integrantes do programa “Os Pingos nos Is”.
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