Da Redação
Assim como várias promessas feitas durante a campanha eleitoral, como a da picanha aos pobres, da isenção de R$ 5 mil no IR, aumento do salario mínimo acima da inflação, salvar a Amazônia, também será uma promessa difícil de cumprir pelo Lulapetista ao completar 100 dias de governo.
Segundo editorial do AFP, Lula desde sua eleição, o presidente Lula tem repetido diversas vezes que "o Brasil está de volta" na vanguarda da luta contra as mudanças climáticas. No entanto, para cumprir sua principal missão - salvar a Amazônia - são necessárias mais do que promessas.
Ambientalistas
afirmam que é hora de Lula agir e de a comunidade internacional demonstrar sua
preocupação pela floresta tropical, fundamental para combater o aquecimento
global, com recursos para protegê-la.
Luiz
Inácio Lula da Silva, que completa 100 dias de governo nesta segunda-feira,
prometeu reverter as políticas ambientais de seu antecessor, Jair Bolsonaro, e
erradicar o desmatamento na Amazônia após o aumento dos últimos quatro anos.
Em
seu primeiro dia de mandato, assinou uma série de decretos para anular medidas
que considerava prejudiciais ao meio ambiente, criar um grupo de trabalho para
combater o desmatamento e reativar o Fundo Amazônia, iniciativa financiada com
doações estrangeiras que estava suspensa desde 2019.
Porém,
ainda não foram implementadas ações para frear a destruição da Amazônia
promovida pela pecuária, usurpadores de terras e garimpo ilegal, exceto por uma
operação para desalojar os garimpeiros em terra indígena yanomami.
"Depois
de quatro anos de um governo anti-ambiental, a gente voltou a ter um governo
entre aspas 'normal'”, disse Cristiane Mazzetti, do Greenpeace Brasil.
"Agora
a grande expectativa é que a gente saia logo desse modo plano e passe à
implementação", afirmou à AFP. “A gente precisa ver resultado.”
-
E o dinheiro? -
Apesar
da calorosa recepção da comunidade internacional, Lula tem enfrentado
dificuldades para convencer os países ricos a financiar iniciativas para
proteger a Amazônia.
Após
uma reunião na Casa Branca com o presidente americano, Joe Biden, durante uma
visita de Estado em fevereiro, os dois países anunciaram apenas uma
"intenção" de apoio dos Estados Unidos, sem prazo ou valor definidos.
Em
janeiro, a Alemanha prometeu destinar 200 milhões de euros (cerca de R$ 1,1
bilhão) para proteger a floresta, incluindo 35 milhões de euros (R$ 192
milhões) para o Fundo Amazônia, lançado em 2008 com uma doação generosa da
Noruega de 1,2 bilhão de dólares (R$ 6,6 bilhões).
O
país nórdico, principal doador, indicou que continuará apoiando o fundo e
ajudará o Brasil a captar novas contribuições.
Mas
até agora, os esforços do país para atrair doações da União Europeia, Reino
Unido, França e Espanha não deram frutos.
De
acordo com ambientalistas, o Brasil, com suas restrições orçamentárias,
enfrenta um momento complexo: precisa de mais dinheiro para reduzir o
desmatamento, mas para atrair mais dinheiro precisa reduzir essa lacuna.
"Hoje
nós temos muitas frentes em que o governo federal simplesmente não consegue dar
ação porque não tem recursos", apontou Rodrigo Castro, do grupo ambiental
Fundação Solidariedade.
-
Sem tempo a perder -
Depois
de anos de impunidade para aqueles que destroem a Amazônia, a raiz dos
problemas se tornou muito profunda e não há solução instantânea, segundo os
ecologistas.
Isso
ficou claro quando o desmatamento na Amazônia atingiu um novo recorde para o
período de fevereiro (322 km², +62% em ritmo anual), após uma queda de 61% em
janeiro.
Ativistas
afirmam que Lula deve travar uma guerra implacável em várias frentes: lançar
grandes operações de "comando e controle", perseguir o crime
organizado que se beneficia com a destruição da floresta, investir em grande
escala em uma "economia verde" e manter sua promessa de voltar a
demarcar terras indígenas, que ajudam a preservar o meio ambiente.
Eles
descrevem um governo cheio de boas intenções, mas sobrecarregado pela magnitude
do caos que enfrenta.
"A
principal missão nesses 100 primeiros dias de governo era desmontar as várias
armadilhas que foram deixadas pelo governo Bolsonaro", disse Raul do
Valle, da WWF-Brasil. Mas "não tem tempo para perder", ressaltou
Mazzetti.
Estudos
recentes mostram que a capacidade da Amazônia de absorver carbono da atmosfera
já está em declínio.
Para ler a matéria na íntegra acesse
nosso link na pagina principal do Instagram. www: professsortaciano
medrado.com e Ajude a aumentar a nossa comunidade.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso.
Postar um comentário