O
Conselho de Administração da Petrobras rejeitou mais um nome indicado pela União
para o colegiado: o ex-assessor jurídico da Câmara dos Deputados, Renato Campos
Galuppo. Segundo apurou o Poder360, é o 4º nome do governo considerado
inelegível para compor o novo Conselho da estatal, a ser eleito em 27 de abril.
Galuppo
foi considerado inelegível por ter filiação partidária e por não ter
experiência comprovada na área de atuação da estatal.
Em
reunião anterior, o colegiado rejeitou também o nome do secretário Executivo do
Ministério de Minas e Energia, Efrain Cruz. Em março, havia considerado
inelegíveis o também secretário do ministério, Pietro Mendes, e o dirigente do
PSB e ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Sérgio Rezende.
Os
atuais conselheiros da estatal se reuniram na manhã e início da tarde desta 6ª
feira (14.abr.2023) para votar as indicações. Além de Galuppo, mais 3 nomes
foram analisados:
Anelize
Lenzi Ruas de Almeida, indicada pela União;
Marcelo
Gasparino, indicado pelos minoritários;
José
João Abdalla, indicado pelos minoritários.
O Poder360 apurou
que o colegiado aprovou Anelize, que é procuradora-geral da Fazenda Nacional,
por maioria. Alguns integrantes consideraram que as atividades da procuradora
seriam conflitantes com os interesses da Petrobras em processos fiscais com a
Fazenda Nacional.
É
o mesmo caso da indicação de Ricardo Soriano, procurador-geral da Fazenda
Nacional, pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. No final, a União
conseguiu emplacar Soriano no Conselho de Administração, mas o procurador
enfrentou processos na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
O
conselheiros aprovaram as duas indicações dos minoritários, detentores de ações
ordinárias geridas pelo Banco Clássico, ESH Capital e RPS Administradora de
Recursos. Abdalla e Gasparino já integravam o Conselho de Administração da
Petrobras.
Em
reunião anterior, Efrain foi vetado por ser secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia, o
que poderia configurar conflito de interesse. A Lei das Estatais também proíbe a participação de
representantes do Executivo no colegiado.
É
o caso de Pietro Adamo Sampaio Mendes, secretário de Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis do governo. Ele foi indicado para presidir o colegiado, mas o
Cope, o Conselho de Administração e a CVM o consideraram inelegível.
Esses
devem ser os últimos nomes da União a serem analisados pelo conselho antes da
assembleia de acionistas, marcada para 27 de abril, que irá eleger a nova
composição do colegiado.
Na
reunião de 27 de março, o Conselho de Administração da Petrobras analisou
outros 5 nomes. Considerou Petro e Sérgio Rezende como inelegíveis para
o colegiado e aprovou 3 nomes: Suzana Kahn Ribeiro, Bruno Moretti e Vitor
Saback.
Depois,
em 4 de abril, Saback foi nomeado secretário de Geologia, Mineração e
Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia.
Apesar
das vedações, a União pode eleger os integrantes do Conselho de Administração.
Os pareceres do Cope e do colegiado atual são recomendações aos acionistas.
Como o governo tem a maioria dos papéis da Petrobras, pode alocar os seus votos
nos nomes que quiser.
O
Conselho de Administração da Petrobras é eleito por meio do sistema de voto
múltiplo, quando os acionistas multiplicam suas ações pelo total de vagas. As
ações multiplicadas são distribuídas como votos entre os nomes indicados. Como
acionista majoritária, a União consegue emplacar a maioria dos conselheiros. Ainda
assim, eles podem enfrentar processos na CVM.
Com informações do poder 360
Para ler a matéria na íntegra acesse
nosso link na pagina principal do Instagram. www: professsortaciano
medrado.com e Ajude a aumentar a nossa comunidade.
AVISO: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Blog do professor Taciano Medrado. Qualquer reclamação ou reparação é de inteira responsabilidade do comentador. É vetada a postagem de conteúdos que violem a lei e/ ou direitos de terceiros. Comentários postados que não respeitem os critérios serão excluídos sem prévio aviso
Postar um comentário