Por: Taciano Gustavo Medrado Sobrinho
Engenheiro Agrônomo
Segundo o site informe baiano, em
uma suposta visita à região do Sisal do estado, o secretário de agricultura do Estado da Bahia, o ex-deputado Tum, confundiu o principal
cultivo do local com abacaxi. O relato foi feito pelo deputado estadual
Marcinho Oliveira (UB), durante pronunciamento no plenário da Assembleia
Legislativa, na sessão desta quarta-feira (12).
Para
ajudar ao eminente secretário de agricultura do Estado da Bahia a nossa equipe foi pesquisar a diferença entre
um pé de abacaxi para um pé de sisal. Confira!
Um
abacaxi é uma fruta tropical com um sabor doce, ligeiramente ácido e carne
muito suculenta. Os abacaxis são nativos da América Central e do Caribe, onde
continuam sendo amplamente consumidos e cultivados, e também são cultivados nos
trópicos do mundo, especialmente nos estados americanos da Flórida e do Havaí.
Embora os abacaxis possam ser nativos das Américas, eles também foram adotados
na culinária de várias outras regiões do mundo, especialmente na Ásia.
Os
europeus deram o nome de abacaxi depois da pinha, já que essas frutas se
parecem mais com pinhas, e provou ser um grande sucesso quando foi introduzida
nos tribunais europeus. Como outras frutas tropicais, o abacaxi a princípio era
limitado às mesas da realeza, e era frequentemente objeto de pinturas, gravuras
e outras obras de arte, devido à sua aparência distinta. Com o tempo, o cultivo
generalizado do abacaxi tornou-o muito mais acessível.
Nome
científico: Ananas comosus (L.) Merril
Nome popular: ananás; abacaxizeiro
Família botânica: Bromeliaceze
Origem: América Central e México.
O abacaxi,
é uma planta perene da família das bromélias, nativa da América do Sul.
Esta
espécie, de tamanho limitado e folhas duras e lanceoladas de até 1 metro de
comprimento, dá frutos uma vez a cada três anos a produção de uma única fruta
perfumada e doce, muito apreciado na gastronomia.
Origem
Origina-se
da América Tropical, sendo também cultivado em outros países de clima tropical
e subtropical. Pertence à mesma família botânica do gravatá e da samambaia
conhecida como barba-de-velho,da família das bromeliáceas.
Características
Planta
herbácea, terrestre, de até 1 metro de altura, com caule pouco desenvolvido,
folhas lineares, alongadas, em forma de calhas e dispostas em torno de um eixo
central. Flores de coloração roxo-purpúrea, reunidas em inflorescência
terminal, de eixo grosso, carnoso e cônico-oval. Abertas as flores, as pétalas
se desprendem e as sépalas, junto com outras partes das flores e da
inflorescência, soldam-se formando o fruto. Trata-se de uma inflorescência
denominada sorose (nome de origem grega, derivado de soros, que significa
agrupamento). Conhecido mundialmente como ananás e no Brasil como abacaxi. (Fonte: portal do São Francisco)
A
morfologia do sisal é simples e sem muita variação nas partes constitutivas da
planta. Este fato deve-se à preponderância da reprodução assexuada neste
vegetal. O sisal possui sistema radicular fibroso e em forma de tufo; as raízes
brotam casualmente da base da escara da folha e na superfície inferior do
tronco, além de ser destituído de raiz principal, porém acha-se constituído de
dois tipos de raízes, designadas por transportadoras e alimentadoras.
Raízes
As
raízes transportadoras são longas e bem ramificadas e estendem-se radialmente
da base da planta para as camadas do solo, e são essas as raízes responsáveis
pela fixação da planta ao solo. É por esta razão que seu diâmetro é de 2 mm a 4
mm e são ramificadas para que a planta possa suportar o peso das folhas e do
escapo floral. As raízes desse tipo em condições favoráveis estendem-se
horizontalmente no solo, a uma distância que pode variar de 1,5 m a 3,0 m da
planta e, quando livres, isto é, sem competição lateral, a distância pode
atingir até cinco metros.
As
raízes alimentadoras acham-se inseridas sobre as transportadoras: são mais
finas que estas e têm a função de absorver água e nutrientes na solução do
solo, por intermédio dos pelos radiculares; em quantidade, são mais abundantes
que as alimentadoras nas camadas superiores do solo, nas quais a fertilidade é
maior.
Tronco
A
planta do sisal não tem caule, isto é, é acaulescente, mas em seu lugar há um
tronco ou eixo principal, sobre o qual se acham inseridos as folhas e o broto
terminal. Em uma planta madura, o tronco pode atingir 120 cm de comprimento e o
diâmetro chega a alcançar o máximo de 20 cm em plantas com dois anos de idade.
Folha
A
folha de sisal é lanceolada linear e destituída de pecíolo (séssil), razão pela
qual ela está ligada diretamente no tronco; sua superfície superior ou abaxial
é côncava, e a inferior, isto é, adaxial, é convexa. Quanto às dimensões, é
muito mais comprida do que larga, porém, afunila-se à medida que se aproxima da
extremidade ocupada pelo espinho terminal de coloração marrom-escura. O
comprimento pode atingir o máximo de dois metros; contudo, 90 cm a 120 cm é a
medida mais comum na folha de sisal.
Escapo floral
O
sisal é um vegetal que floresce uma só vez durante o ciclo de crescimento e
desenvolvimento, posteriormente, a planta morre. Quando a planta está prestes a
florescer ou a emitir o escapo, produz primeiro uma roseta de folhas estreitas,
afiladas, que se assemelham a uma espada, em torno da extremidade apical. Estas
folhas tornam-se, rapidamente, mais curtas na direção do broto reprodutivo e,
então, emerge o escapo na parte central da planta.
Depois
que emerge, o crescimento do escapo é muito rápido e pode atingir cerca de 10
cm a 12 cm por dia; em seu estágio inicial apresenta coloração verde, com
flores de aparência cerosa, que suportam as brácteas de tonalidade
cinzento-purpurina e pode atingir a altura de cinco a seis metros, quando
plenamente desenvolvido, enquanto o diâmetro pode chegar a 15 cm na base, em
condições de solo rico ou em plantas que são regularmente cortadas; as brácteas
são em grande número, podendo-se encontrar de 50 a 60 a cada 10 cm - 15 cm de
comprimento do escapo floral.
No sisal a inflorescência é uma grande panícula de formato variável, que engloba os tipos oblongo, oblongo piramidal ou piramidal alongado. Na panícula são encontrados, normalmente, de 25 a 40 ramos principais, com um número de 40 flores em cada cacho. Na Figura 1 encontram-se os detalhes de um ramo da inflorescência do sisal com as panículas suportando as flores em diferentes estágios de crescimento, com destaque para o tipo de inflorescência paniculada e distribuição das flores em diferentes estágios. Fonte: Portal Emprapa)
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