O
Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da
Defesa Civil Nacional, promoveu, nesta quinta-feira (27), um debate on-line
sobre a profissionalização dos agentes de proteção e defesa civil. O evento
abordou, com especialistas, o recente ingresso da profissão na Classificação
Brasileira de Ocupações (CBO), além de sua importância nas ações de prevenção,
mitigação, preparação, resposta e recuperação em casos de desastres.
O
debate foi o 11º da série Bate-papo com a Defesa Civil, que é realizada uma vez
por mês, com transmissão pelo canal do
MIDR no YouTube. A discussão foi mediada pelo coordenador-geral de
articulação da Defesa Civil Nacional, Reinaldo Estelles, e contou com a
participação da professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e
coordenadora do Grupo de Estudos em Redução de Riscos de Desastres-Sociais
(RRD-S/Unifesp), Alice Gambardella, e da advogada e pesquisadora Fernanda
Damacena.
“A
regulamentação da ocupação de agente de proteção e defesa civil era uma antiga
demanda das pessoas que fazem parte do Sistema Nacional de Proteção e Defesa
Civil (Sinpdec). É uma conquista importante, que vai fortalecer o trabalho das
defesas civis e beneficiar a população”, destacou Reinaldo Estelles.
A
demanda pela criação da ocupação de agente de proteção e defesa civil foi
levantada em pesquisa nacional sobre defesas civis municipais, por meio do
Projeto Elos, que avalia as necessidades e capacidades das estruturas
municipais de proteção e defesa civil. Saiba mais aqui.
Com
a criação na CBO, um dos objetivos é a busca pela excelência do trabalho dos
agentes. A próxima etapa é a regulamentação da ocupação de agente de proteção e
defesa civil junto ao Congresso Nacional.
Durante
o bate-papo on-line, a professora Alice Gambardella, que atuou nas pesquisas do
projeto Elos, detalhou como foi feita a pesquisa para que a demanda,
especialmente dos agentes municipais, fosse atendida.
“Nós
olhamos bastante para um objetivo, que era fazer um diagnóstico das defesas
civis no Brasil, sobretudo de âmbito municipal. Entre os estudos que levantamos
e as pesquisas que encontramos no campo, ficou mais latente o tema da
profissionalização”, enfatizou.
A
advogada Fernanda Damacena, também pesquisadora do projeto Elos, reforçou a
importância da ocupação de agente de proteção e defesa civil. “A CBO traz
uma vitória e representa um ponto importante em um processo de evolução, em que
se chegou à tão sonhada regulamentação do exercício desta atividade. O objetivo
da CBO é dar ênfase à existência de uma determinada atividade e ponderar quais
são as suas atribuições”, explicou a advogada.
Nas próximas edições do Bate-Papo com a Defesa Civil, serão debatidos temas como a Interface de Divulgação de Alertas Públicos (IDAP) e sua contribuição para os municípios, gerenciamento de abrigos temporários, inundações nos rios amazônicos e as ações de prevenção e assistência às vítimas, entre outros.
Fonte: Brasil 61
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