Taiwan promete responder aos exercícios militares chineses (Dailymotion)
Os Estados Unidos pediram “moderação” da China nos exercícios militares realizados ao redor de Taiwan. O governo chinês anunciou no sábado (8.abr.2023) uma ação militar de 3 dias nos arredores da ilha autogovernada, enquanto autoridades taiwanesas dizem ter identificado aeronaves e navios cruzando a linha central do Estreito que separa a ilha e a China.
Segundo
o Departamento de Estado dos EUA, a paz e estabilidade em
Taiwan é um interesse do governo norte-americano. O porta-voz do departamento,
Vedant Patel, também afirmou que estão pedindo ao governo chinês para cessar a
pressão militar na ilha.
“Compartilhamos
com outros países um interesse permanente na paz e estabilidade no Estreito de
Taiwan, mas também amplamente na região do Indo-Pacífico. E continuamos a
instar Pequim a cessar sua pressão militar, diplomática e econômica contra
Taiwan e, em vez disso, se engajar em uma diplomacia significativa. Não há
razão para transformar esse trânsito, que é consistente com a política
americana de longa data, em algo que não é ou usá-lo como pretexto para uma
reação exagerada”, disse.
Na
5ª feira (6.abr), o Ministério das Relações Exteriores da China declarou que o país tomaria “medidas resolutas e
contundentes” depois da reunião dos Estados Unidos com Taiwan, realizada
na 4ª feira (5.mar). Na ocasião, o presidente da Câmara dos EUA, Kevin
McCarthy, recebeu a presidente de Taiwan, Tsai
Ing-wen.
A
porta-voz chinesa das Relações Exteriores, Mao Ning, falou a jornalistas
sobre a relação dos EUA com Taiwan. “A questão de Taiwan é assunto interno
da China, e a resolução da questão de Taiwan é assunto do próprio povo chinês.
Não é a China que está aumentando a tensão no Estreito de Taiwan, mas as forças
da ‘independência de Taiwan’ na ilha e alguns países que apoiam as forças da
‘independência de Taiwan’”, declarou Ning.
A China havia alertado McCarthy na 3ª feira (4.abr) para
não “repetir os erros desastrosos do passado” ao se encontrar com Tsai Ing-wen.
A declaração fez referência à visita da então presidente da Câmara, Nancy
Pelosi, a Taipei em agosto de 2022. Na época, a China se disse contra
a ida da congressista à ilha. As tensões entre as duas potências aumentaram com
a visita.
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